A impostora parecia ter perdido a discussão, No entanto, um momento depois, o olhar de Charlene ficou afiado e seus lábios se curvaram em um sorriso de alegria, quando se lembrou de um assunto específico.
‘Deidre ainda vai ter a língua afiada quando souber de toda a verdade?’ Charlene ansiava muito por isso.
Acreditando que a conversa tinha terminado, Deirdre não se incomodou mais em rodeios, então se virou e subiu as escadas depois de terminar a frase.
― Espere ― Charlene sorriu largamente e disse: ― Não tenha tanta pressa de ir embora. Há outra coisa que eu queria dizer quando decidi vir aqui hoje. ―
― Não me importa. ― Deirdre continuou a subir as escadas.
Sem se abalar, Charlene falou lentamente:
― Tem certeza de que não te importa? Isso está relacionado com sua mãe. ―
Os passos de Deirdre pararam. 'Minha mãe?'
Mesmo sabendo que nada de bom jamais sairia da boca de Charlene, Deirdre ainda não pôde deixar de parar, porque queria muito informações relacionadas à mãe.
Brendan sempre manteve um controle muito rígido sobre isso. Apesar de falar com o médico responsável por sua mãe, por telefone, no outro dia, ela não sabia de mais nada. Por isso, virou a cabeça e disse:
― E o que poderia ser? ―
Os lábios vermelhos de Charlene se curvaram em um sorriso orgulhoso.
― É difícil para mim explicar isso, então vou pedir para você ouvir uma coisa. ―
Ela selecionou o áudio que havia preparado em seu telefone. Acompanhado por um zumbido eletrostático, uma voz disse:
― Uma mulher de meia-idade caiu do terceiro andar na Rua Prunus Estate de East Neve, número 209. ―
Havia confusão nos olhos de Deirdre. 'Rua Prunus Estate em East Neve, casa 209... Por que esse endereço parece tão familiar...'
O áudio continuou a tocar:
― Vizinhos afirmam que a mulher, que possuía deficiência intelectual, escorregou e caiu acidentalmente quando não havia ninguém em casa... ―
'Deficiência intelectual?' De repente, a mente de Deirdre ficou em branco e sua expressão tornou-se extremamente desagradável.
― Isso é impossível... Isso é impossível! ― Ela correu e puxou o braço de Charlene. ―Que tipo de história estúpida é essa que você está inventando, de novo? Charlene, estou avisando para não brincar com a vida da minha mãe! Ela morava em Prunus Estate no passado, mas não mora mais lá! Como ela pode ter morrido ali! ―
Charlene olhou para a expressão confusa e emotiva de Deirdre e sorriu ainda mais:
― Esqueci de te dizer que esta notícia foi transmitida há um ano, Deirdre. Na mesma época em que você foi libertada da prisão. Sua mãe caiu para a morte e seu cadáver foi mantido no necrotério. Ninguém a reivindicou. É uma pena que você seja cega, ou eu poderia lhe mostrar as fotos. ―
Deirdre sentiu o coração apertar de dor e tentou se acalmar, com grande esforço.
― Você acha que vou acreditar no seu absurdo? Minha mãe ainda está viva! ―
― Você já pensou por que não encontrou sua mãe, depois de um ano e meio, se ela ainda está viva? Brendan já marcou um encontro entre vocês dois? ―
As pupilas de Deirdre tremiam freneticamente.
― Isto é... Isso é porque minha mãe ainda está recebendo tratamento! ―
Charlene riu:
― Deirdre, por que você acreditaria em uma mentira que ele inventou para enganá-la? Esse áudio foi lançado pelo repórter de notícias mais confiável. Ophelia está morta! ―
― Cale-se! ― Deirdre se jogou em Charlene e a prendeu no chão, apertando sua garganta com toda a força que possuía. Não havia como dizer onde ela reunia forças para fazê-lo. Seus olhos estavam vermelhos quando ela disse: ― Cale a boca! Não vou acreditar em uma palavra que sai da sua boca! Você é uma assassina de cães maldita! O que você não pode fazer? Você matou Bliss e agora está tentando forjar a morte de minha mãe. Morra, Charlene! ―
A raiva ampliou a força de Deirdre e Charlene entrou em pânico, pois a sensação de sufocamento estava ficando mais forte. Então, o segurança que guardava a mansão entrou e empurrou Deirdre rapidamente.
― Senhorita McKinney? Você está bem? ― O brutamontes ajudou Charlene a se levantar.
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