Ciclo de Rancor romance Capítulo 188

Ela não se importava mais com a intriga de Charlene e não tinha capacidade mental para se deixar distrair por aquele incidente. Tudo o que ela queria era encontrar sua mãe.

― Não aconteceu nada, na verdade. A ideia me ocorreu de repe... ―

Mas, antes que pudesse terminar a frase, Brendan agarrou seu rosto, exalando desagrado com sua presença autoritária:

― Você está ciente de que posso ver que está mentindo, toda vez que faz isso? Você é realmente desobediente, o que me faz pensar que você simplesmente não quer encontrar sua mãe de novo! ―

Deirdre sentiu o coração disparar e todo o sangue foi drenado de seu rosto instantaneamente. No final, ela mordeu o lábio inferior e disse:

― Brendan, você acreditaria em mim se eu contasse a verdade? ―

Brendan franziu as sobrancelhas inconscientemente, quando ouviu a resposta dela.

― Que tipo de truque você tem na manga? Se você está dizendo a verdade, por que eu não acreditaria em você? ―

― Porque foi Charlene quem me contou. ―

Deirdre podia sentir a frieza emanando do corpo de Brendan, quando pronunciou aquele nome. Ela achou irônico, mas disse:

― Ela apareceu de repente, ontem, e me contou sobre a morte de minha mãe. Foi por isso que tive uma reação tão grande que até tentei usar minha vida como barganha. ―

Os olhos escuros de Brendan ficaram sombrios. Ele olhou atentamente para Deirdre, na esperança de ver, em seu rosto, um vestígio do prazer de alguém que tinha conseguido armar uma armadilha, com sucesso. No entanto, ele não viu tal coisa. Havia apenas calma na expressão frágil e mutilada de Deirdre.

Com Brendan ficou em silêncio, a jovem complementou:

― Você pode optar por não acreditar em mim e deixar esse assunto para trás. Você pode simplesmente presumir que estou mentindo. O assunto já está encerrado, de qualquer maneira. ―

No entanto, Brendan sabia que o assunto não havia acabado porque Ophelia realmente estava morta e ele precisava descobrir uma maneira de confortar Deirdre, em duas semanas. E tudo acontecia justamente porque alguém tinha contado a verdade para a jovem.

‘Mas, Charlene realmente fez isso? Ela foi cruel o suficiente para contar a verdade a Deirdre? Ela obviamente sabia melhor do que ninguém o significado desse assunto para ele e Deirdre!’

Sem dizer mais nada, Brendan se virou e saiu. No carro indo para a empresa, ele disse de repente, para o segurança:

― Não vamos para a empresa. Em vez disso, dirija até a casa de Charlene. ―

O motorista deu meia-volta com o carro e a viagem até a casa de Charlene durou pouco mais de 10 minutos.

Brendan desceu do veículo e viu que um criado já havia sido designado para recebê-lo. Charlene ainda tomava café da manhã quando ele entrou na sala. Ela o cumprimentou com uma voz calorosa quando o viu:

― Bren! ―

Charlene tinha um sorriso no rosto que a fazia parecer ainda mais graciosa, gentil e charmosa. Brendan franziu profundamente as sobrancelhas, achando inimaginável que Charlene fosse capaz de cometer as atrocidades de que era sempre acusada, por Deirdre. Por isso pensou: ‘Esta é outra das tentativas de Deirdre de me afastar de Charlene? Mas, quem poderia ter sido a pessoa que disse a verdade a Deirdre, então?'

Brendan ficou parado no mesmo lugar, sem fazer nada. O sorriso de Charlene congelou em seu rosto, por um momento, e ela se levantou para se aproximar dele:

― O que está acontecendo? O que o traz à minha casa tão cedo? Você nem vai dizer nada. Aconteceu alguma coisa? ―

Ela queria ajudar Brendan a tirar o paletó, mas Brendan estendeu a mão para agarrar o pulso dela:

― Não, pode deixar. Voltarei para a empresa daqui a pouco. Estou aqui porque tenho algo para lhe perguntar. ―

O sorriso de Charlene congelou em seu rosto por um momento antes de assumir uma expressão extremamente inocente e pura:

― O que está acontecendo? Você parece tão sério. ―

― Onde você estava ontem? ―

― Ontem? ― Charlene fingiu se lembrar. ― Eu estava no cinema. Então, fui fazer compras com meus amigos de manhã até a tarde. Eu estava em casa ao anoitecer. O que está acontecendo? ―

Os olhos escuros de Brendan brilhavam com frieza e sua expressão era indiferente:

― Deirdre pulou da sacada da mansão, ontem. ―

― O quê? ― Charlene pareceu muito surpresa. Na verdade, ela estava bem ciente da situação. Em um tom fingido, disse: ―O que aconteceu? Por que ela tentaria cometer suicídio? ―

O olhar de Brendan estava fixo no rosto de Charlene. Seu rosto lindo e impecável permaneceu inalterado quando ele descreveu a situação enunciando cada palavra claramente:

― Ela descobriu sobre a morte de Ophelia. ―

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