Ciclo de Rancor romance Capítulo 209

Mas, pensando por outro lado, foi ele mesmo quem a compeliu a se tornar tão submissa e não conflituosa.

Deirdre estava prestes a dizer algo quando o médico abriu a porta da sala e entrou. O homem careca ficou atordoado quando encontrou Brendan sentado no sofá com a bolsa de soro na mão:

― Senhor Brighthall, você não estava descansando no quarto do primeiro andar? Por que você desceu? ―

Então, ele notou o refluxo de sangue na linha do acesso de Brendan e sentiu seu coração disparar. Ele correu e disse:

― Por que há tanto refluxo? Você não deveria ficar caminhando por aí, não importa o quão forte seja seu corpo. A parte de trás da sua mão está muito inchada e o acesso foi bloqueado. Você não quer melhorar? ―

O médico estava furioso, mas sem palavras, pois nunca havia encontrado um paciente problemático como Brendan. Em comparação, Deirdre era uma paciente muito mais obediente.

― Nós vamos ter que fazer o acesso na sua outra mão, desta vez. No entanto, não se mova mais assim. Teremos que encontrar um novo local e começar tudo, mais uma vez, se você continuar se mexendo. ―

O doutor Ginger refez todo o procedimento intravenoso e cuidou do inchaço na mão do homem. Deirdre não podia ver, então ela só podia perguntar com uma expressão ansiosa:

― O refluxo de sangue foi muito sério? ―

― Sim! Metade do acesso estava cheio de sangue! ― O médico não pôde deixar de resmungar. ― Por que você desceu se estava tudo bem lá em cima? Mesmo se você realmente tivesse algo importante para fazer, deveria ter deixado que a senhora McQuenny carregasse a bolsa de soro, bem no alto. Você estava se movendo tanto que a agulha mudou de posição e escapou da veia. Você não está com dor? ―

Brendan abriu os lábios finos e respondeu calmamente:

― Desci porque Deirdre estava aqui embaixo. ―

― Como? ― Deirdre estava atordoada.

Brendan disse:

― Você demorou muito tempo para subir e não há calefação aqui no térreo. Eu fiquei preocupado que você pudesse estar com frio, então tive que descer para buscá-la, é claro.

― Eu estava aqui embaixo porque... ― A voz de Deirdre parou e sua mente ficou em branco.

‘Por que Brendan se preocupa comigo? Ele está realmente falando sério sobre voltar ao passado?'

― Não há nenhuma razão para você ficar aqui na sala. ― Brendan olhou para as próprias mãos e disse, em tom ressentido: ― Minha única mão ilesa agora está inchada e é tudo por sua causa. ―

O doutor Ginger levantou a cabeça para dar uma olhada em Brendan, pensando em como o comentário de Brendan era desavergonhado, como a chantagem barata de um menino mimado.

Mas, Deirdre levou tudo a sério e abaixou a cabeça em culpa.

― Desculpe. ―

― Seu pedido de desculpas não pode curar minhas mãos. Então, você ficará encarregada de me fazer companhia e cuidar das minhas necessidades diárias durante meu período de recuperação. Tudo bem? ―

O médico olhava de um para o outro estupefato e perplexo. ‘Você está pedindo a uma cega para cuidar das necessidades de um homem saudável? Seria considerado cortês da minha parte chamá-lo de desavergonhado. Você é uma fera sem alma!'

― Claro. ― Deirdre franziu profundamente as sobrancelhas e aceitou a tarefa obedientemente.

Nos dois dias seguintes, Brendan se comportou como se tivesse quebrado as duas mãos e Deirdre teve que alimentá-lo com colher durante as refeições.

― Está muito quente. Sopre um pouquinho mais. ―

Brendan ordenou a jovem, que achou estranho, porque a sopa estava obviamente morna, mas ainda assim, soprou com cuidado, antes de aproximar a colher de Brendan.

Na hora do banho, Brendan fez que a jovem o despisse, pedindo, até mesmo, que ela tirasse suas roupas íntimas. Mesmo não podendo ver, a jovem manteve os olhos bem fechados. Ela tirou a roupa dele com dedos trêmulos e sentiu como se seus braços estivessem pegando fogo quando ela tocou seus músculos fortes e ardentes. Ela puxou os braços para trás com pressa, dizendo:

― Está feito. ―

Brendan abriu um sorriso largo e entrou na banheira, enquanto olhava para as orelhas coradas dela.

― Eu irei embora se não houver mais nada. ―

― Espere. ― Brendan estava sentado na banheira. ― Traga-me o gel de banho, está aqui atrás de mim. ―

Deirdre procurou a garrafa e esticou o braço para passar a garrafa para Brendan. Então, uma mão enorme agarrou seu pulso abruptamente e, quando ela reagiu à situação, já estava caindo na água morna, com a parte superior do corpo encostada no peito do homem.

Chocada, ela tentou fugir às pressas, mas Brendan a envolveu em seus braços.

― Por que você ainda está resistindo a mim? O que eu fiz de tão grave que você não pode me perdoar? ―

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