Ciclo de Rancor romance Capítulo 233

Os olhos de Deirdre estavam cheios de alegria incontrolável e vermelhos por conter as lágrimas. Ela respirou fundo e disse:

― Muito obrigada, Brendan. ―

A jovem falou com toda a alegria que podia e havia muita gratidão em seus olhos. No entanto, Brendan não gostou do olhar dela e, pelo contrário, sentiu até um nó na boca do estômago e se sentiu sufocado. Afinal, Deirdre que não sabia que Ophelia estava morta e que o empresário tinha criado um mundo falso só para iludi-la. Por isso, Brendan não podia se dar ao luxo de aceitar a gratidão.

― Eu disse a você que não gosto quando você me dá respostas no automático. ― Os olhos escuros de Brendan ficaram turvos e ele se levantou abruptamente de seu assento. ― Bom... Com licença. Tenho certeza de que vocês têm muito o que conversar. Eu também tenho muitas coisas para resolver no meu escritório. Mas, Deirdre, se você precisar de alguma coisa, pode bater na porta e me chamar. ― O homem subiu as escadas e sentou-se na sala de estudo. A mesa estava cheia de documentos, mas ele não suportava ler nem uma palavra.

Ele sentiu um intenso sentimento conflitante em seu coração e não sabia o que fazer, quando pensava no sorriso de Deirdre e na trágica morte de Ophelia. O homem estava imerso nesses pensamentos, já há algum tempo, quando alguém bateu na porta da sala de estudo.

Brendan olhou na direção da porta e presenciou Deirdre empurrando a porta para entrar na sala de estudo, com uma expressão hesitante.

― O que está acontecendo? ― Brendan encostou-se ao assento e apoiou a cabeça com a mão na têmpora e as sobrancelhas bem franzidas. ― Por que você veio para o escritório, enquanto poderia estar lá embaixo com sua mãe? ―

Deirdre mordeu o lábio inferior e fechou a porta atrás dela. Então, hesitou por algum tempo, antes de reunir coragem para dizer:

― Brendan, tenho um pedido presunçoso a fazer a você e espero que você possa atender, mesmo assim. ―

Era evidente que Deirdre tinha precisado se preparar mentalmente, antes de entrar ali. O olhar de Brendan se fixou no rosto dela quando ele perguntou:

― O que você quer? ―

Deirdre manteve a cabeça baixa, os dedos cerrados em punhos apertados.

― Eu... eu gostaria que minha mãe ficasse aqui na mansão, enquanto ela estiver na cidade. Tudo bem? ― e, como Brendan não respondeu de imediato, continuou: ― Você pode ficar tranquilo. Só estou preocupada que seja problemático para ela ficar indo de um lado para o outro, todo dia. Vou garantir que ela fique calma e quieta para não te incomodar. ―