Ciclo de Rancor romance Capítulo 343

Kyran não sabia o número dela, mas poderia ligar para o líder comunitário ou para algum dos trabalhadores. Ela se recusava a acreditar que Kyran não conseguiria seu telefone em vista das conexões de Declan.

'Ou ele está tentando chegar aqui, mas a neve pesada bloqueia sua rota?'

Com esse pensamento, Deirdre decidiu que esperaria um pouco mais, até que, um momento depois, a porta do salão se abriu. Deirdre levantou a cabeça com uma agradável surpresa apenas para ouvir a voz do paroquiano.

— São nove, Deirdre. ―

― Sinto muito por atrasá-lo. ― Deirdre sentiu um sentimento inefável em seu coração e saiu com a bolsa de remédios.

Já havia começado a nevar lá fora e uma espessa camada de neve estava no chão, quase até os tornozelos. Então, a voz do paroquiano soou atrás dela:

― Vou acompanhar você, já que vamos para o mesmo lado. É inconveniente para você voltar para casa com este tempo. ―

Deirdre hesitou por um momento, antes de dizer com um sorriso forçado:

― Não precisa! Você pode ir direto para a sua casa. ―

― Você não pretende ficar ao relento, esperando, certo? ― O paroquiano respirou fundo. ― Você veio à uma e esperou até as nove. A pessoa ainda não está aqui, então é evidente que ela deu um bolo em você. Ele não vem, e é compreensível devido ao clima. No entanto, você será uma tola se continuar esperando. ―

― Ele está vindo. ― Deirdre ficou ainda mais convencida, quando se lembrou da determinação de Kyran. Afinal, era um homem capaz, até mesmo, de entregar sua jaqueta quando estivava congelando E daí se ela esperasse um pouco mais? E se Kyran chegasse um momento depois que ela saísse?

Seria profundamente penoso para ele fazer a viagem em vão, em um dia tão frio.

― Tudo bem, então. Não há nada que eu possa fazer se você insistir. No entanto, está nevando mais forte e você só aguentará meia hora, no máximo, antes de ficar muito gelada. Você estará em perigo se ficar mais tempo. ―

― Não se preocupe. Vou esperar mais dez minutos, apenas dez minutos. ―

O paroquiano assentiu e saiu.

Deirdre agachou-se junto à porta da igreja. O telhado a protegia da neve, mas ela manteve as mãos perto do peito por causa do frio.

'Vou esperar mais um pouco, só mais um pouco.'

A jovem esperou até que fossem dez horas, batidas pelo sino da igreja.

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