Ciclo de Rancor romance Capítulo 378

― Então, você vai me ajudar ou não? Mesmo que eu não seja um santo defensor dos pudores, não gosto de ser tocado pelos outros. Mas, de qualquer forma, vou ficar bem, mesmo que você não queira me ajudar. ―

Deirdre respondeu apressadamente:

― Tenho medo de machucá-lo acidentalmente. ―

― Não se preocupe com isso. Eu a guiarei. ―

Deirdre pensou por um momento e respondeu:

― Se é assim, não vejo porque não. ―

Depois de alguns minutos, Declan voltou com os cafés e conversou um pouco, enquanto comiam. Antes de sair, ele disse:

― Por favor, me acompanhe e me ajude com uma coisa, senhorita McQuenny. ―

Era evidente que ele tinha algo a dizer a Deirdre e assim que a jovem fechou a porta atrás dela quando saiu, Declan disse, em tom solene:

― Acredito que seja possível que você tenha sido o alvo, de verdade. ―

A expressão de Deirdre mudou drasticamente.

― O que você descobriu? ―

― Eu olhei para a câmera de vigilância do cruzamento e de mais dois comércios, de ontem, e descobri que você estava sendo seguida. Não sei o propósito da pessoa, mas é evidente que veio preparada. As imagens de vigilância mostraram que ele entrou em uma passarela e desapareceu, à noite. Também não consegui nenhuma informação sobre quem poderia ser, pois o rosto estava sempre coberto. ―

― Como é? ― Deirdre ficou inquieta.

Declan perguntou:

― Isso é muito sério... Você tem algum inimigo? ―

Deirdre ficou surpresa com a pergunta.

― Brendan pode ser considerado um, não é? ―

― Sim, mas parece que essa pessoa não é parente de Brendan. No entanto, se for alguém enviado por Brendan e ele insistir em levar você com ele, não há nada que eu possa fazer para impedi-lo, dado o seu relacionamento com ele. ―

― Eu não tenho muita certeza, então. ― Deirdre manteve o rosto abaixado e se sentiu sobrecarregada. ― A verdade é que nem conheço muitas pessoas. ―

Charlene o reconheceu como uma pessoa influente, mas não conseguia se lembrar quem era.

A mulher caminhava pelo corredor carregando a bolsa e estalando os saltos altos de forma altiva e parou quando passou pelo quarto 1106 e viu um rosto na fresta da porta, que se parecia muito com o de Deirdre.

Deirdre conversava com alguém desconhecido, enquanto estava sentada no sofá. Charlene cerrou os punhos com força e sentiu vontade de invadir a sala impulsivamente. Mas, ainda era muito cedo para expor Deirdre. Ela não tinha vindo aqui por causa daquela cega, de qualquer maneira.

Ela suprimiu a crueldade em seus olhos com grande esforço e caminhou até a última sala que era fortemente guardada por dois seguranças. Ela jogou o cabelo para trás, antes de abrir a porta e entrar no quarto, apenas para encontrar uma cama vazia.

― O que está acontecendo? ― A expressão de Charlene mudou drasticamente. Ela se virou e perguntou ao segurança: ― Onde está Brendan? Para onde ele foi? ―

O segurança respondeu:

― O senhor Brighthall disse que o quarto estava abafado e então saiu para tomar um pouco de ar. ―

Charlene estava tão furiosa que tremia.

― Qual é o objetivo de pagar por segurança particular? Você acha que seu trabalho é apenas cuidar de um quarto vazio? Brendan sofreu um acidente há poucos dias e seu ferimento ainda não foi curado. Você não apenas não o impediu, mas também o deixou sair desacompanhado!? ―