Ciclo de Rancor romance Capítulo 469

― Você deveria conhecer seu próprio lugar, sua vadia feia. Venha, mostre a todos essa sua cara miserável! ― Charlene gritou maliciosamente enquanto esticava o braço para trás até estourar o elástico da máscara, fazendo com que Deirdre abaixasse a cabeça de dor. Então, Charlene agarrou o queixo da jovem e a forçou a levantar a cabeça.

― Qual é seu problema? Você sabe o quão feia é, então não tem coragem de mostrar seu rosto na frente de todos? Hmph! Você deveria apenas aceitar a sua bizarrice e parar de agir como... ―

No segundo seguinte, Charlene parou e olhou para o rosto de Deirdre. Seus olhos estavam cheios de descrença.

A maioria das terríveis cicatrizes em seu rosto havia sumido, exceto por algumas cicatrizes teimosas, que pareciam machucados em cicatrização. Juntamente com seus olhos orvalhados, podia-se ver além dessas cicatrizes como aquela era uma mulher bonita.

O rosto de Charlene se contorceu de inveja. Ela não conseguia acreditar que Deirdre era ainda mais bonita do que ela. Então, cerrou os punhos com tanta força que suas unhas marcaram profundamente suas palmas.

― Quando seu rosto se recuperou? ― Seus olhos estavam vermelhos. Ela não tinha olhado a foto de perto, quando Blake a mostrou na cafeteria. Além disso, estava muito escuro na foto, então não conseguiu ver direito as cicatrizes no rosto de Deirdre. Ela teve a impressão de que a jovem ainda era a mesma de antes e não esperava que estivesse se recuperando.

O alarme no coração de Charlene soou. No passado, sua inveja aumentava sempre que se olhava no espelho e pensava em seu esforço para se parecer com Deirdre, por meio de cirurgias plásticas.

A aparência era um dos bens mais importantes para alguém como ela. Mas sua rival era bonita o suficiente, antes mesmo de se recuperar totalmente. Quando todas as feridas desaparecessem de seu rosto e ela recuperasse sua antiga aparência, seria o fim para Charlene. Mas a mulher nunca permitiria que algo assim acontecesse.

Quando esse pensamento surgiu na cabeça de Charlene reavivando sua rivalidade, a mulher perdeu o controle sobre suas ações e pensamentos, agindo como uma desvairada:

― Alguém me dê uma faca! Anda! ―

Ela tinha que fazer alguma coisa. Já que ela pôde mandar alguém destruir o rosto de Deirdre no passado, poderia fazer a mesma coisa, mais uma vez. Por isso, depois que um dos bandidos trouxe uma faca, ela apontou para o rosto de Deirdre e gritou histericamente:

― Corte o rosto dela! Está esperando o quê? ―

― Ela é uma vadia. Nunca me paga nenhuma recompensa e sempre me pede para ficar para trás e limpar a bagunça dela ― amaldiçoou o homem.

Então, o brutamontes esfregou as mãos, soltou as amarras que prendiam Deirdre à cadeira e a jogou no chão. O homem pretendia colocar a jovem em um saco de farinha, amarrar e jogar no mar, pela encosta da montanha. Entretanto, enquanto se curvava para enfiar a jovem no saco, seus olhos foram atraídos para os seios de Deirdre.

Quando foi jogada ao chão, um dos botões da camisa estourou, deixando o contorno de seus seios expostos.

Sentindo-se excitado, o bandido passou a examinar a jovem, olhando para seu rosto que, mesmo que ainda possuísse alguns machucados, era de uma beleza incomum. Finalmente o homem entendia o que Brendan tinha visto naquela mulher. Assim que todas as cicatrizes desaparecessem de seu rosto, ela certamente recuperaria sua beleza. Ela não apenas tinha um corpo atraente, mas também um rosto bonito. Seria um desperdício matá-la.

O homem mal conseguia se conter. Fazia muito tempo que não tocava em uma mulher e apenas aproximar-se de Deirdre era o suficiente para fazê-lo suar. Como não havia ninguém por ali, ele desamarrou Deirdre e a jogou no pavimento.