O rosto de Hoyt ainda estava tenso quando ele saiu da loja e, preocupada, Deirdre perguntou:
― Você está bem? ―
Ele enxugou um pouco de suor do rosto e disse, com timidez:
― Sinto muito, Deirdre. O objetivo era comprar algumas roupas para você, mas acabei te arrastando para meu drama e fiz você assistir a toda aquela cena embaraçosa. ―
― Bobagem ― Deirdre respondeu, tranquilizadora e retribuiu com um pequeno sorriso. ― Não teve nada de constrangedor nisso. É assim que os relacionamentos são, dramáticos e complicados. ―
Assim como o dela. Ninguém saberia o quanto tinha passado por um homem. Tinha se submetido, voluntariamente, a ser uma impostora, por dois anos, depois aceitou ser encarcerada, quando foi desfigurada, cega e perdeu a criança que tanto queria trazer ao mundo. A história de seu relacionamento era a pior de todas.
― Quer um conselho? ― ela disse. ― Às vezes, culpar-se por tudo o que aconteceu apenas o impede de seguir em frente quando deveria. ―
Hoyt corou e assentiu.
― Você tem razão. ―
Ela sorriu.
― Tem qualquer outra loja de roupas que eu possa ir? ―
― Ah sim! Claro! Esta rua inteira está repleta de lojas de roupas! Vou levá-la para outra. ―
― Obrigada! ―
Deirdre caminhou ao lado dele até que sentiu que alguém a observava. Ela se virou, mas sua visão em recuperação tornou impossível identificar quem era a pessoa.
― Tem alguma coisa errada, Deirdre? ―
― Acho que não... ― a jovem sorriu. Devia ser sua hipersensibilidade agindo de novo.
Eles entraram em uma nova loja e ela rapidamente encontrou um casaco adequado que levou ao balcão para pagar a conta.
― Ué? Você não vai vestir antes de comprar? ― perguntou Hoyt.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...