'Tratá-lo como se fosse meu marido?' Se Deirdre tivesse uma chance como aquela, no passado, ficaria tão feliz que não conseguiria dormir a noite toda. Então, agora que ouvia o pedido tardio de Brendan, achou cínico e seu coração resistiu à ideia.
― E se eu não fizer isso? ―
O olhar de Brendan estava imóvel. Ele deu um passo mais perto da mulher e exalou hálito quente, quando falou, mas as palavras que pronunciava eram frias.
― Só considerarei atender ao que deseja se continuar esta relação de bom grado. E irei te levar de volta a Neve, quando terminar minhas tarefas. ―
― Isso vai ser impossível! ―
Brendan sorriu, e falou, em um tom sarcástico:
― Impossível? Você gostaria que eu te lembrasse mais uma vez? Você tem um favor a pedir para mim, Deirdre. É você quem quer se divorciar e não sou eu que estou forçando você a fazê-lo. Você sempre pode se virar e voltar para dentro dessa maldita casa. Vou apenas fingir que nada aconteceu. ―
'Voltar?' O peito de Deirdre parecia tão pesado que ela estava sufocando. 'Se eu voltar, todos os meus esforços anteriores serão desperdiçados, certo?'
― Eu não vou voltar. ― Deirdre balançou a cabeça, fechou os olhos e os abriu novamente. Então, falou em um tom determinado: ― Eu quero o divórcio! ―
Brendan olhou para ela e seus lábios se ergueram em um sorriso amargo. Um momento depois, ele segurou a mão dela com força e disse:
― Desempenhe seu papel corretamente, então. ―
Ele segurou a mão dela, guiou-a para atravessar a frente do carro e se dirigiu para a porta do banco do passageiro. Foi uma sorte ele afrouxar o aperto depois que ela entrou no carro. Ele se sentou no banco do motorista e começou a dirigir o carro, devagar.
Deirdre esperava suas palavras provocativas e linguagem corporal ofensiva, mas nada aconteceu e se sentiu aliviada.
Ninguém gostava de ser provocado, muito menos Brendan e ela imaginou que a intenção original do homem não era a de segurar sua mão à força, mas como não gostava da desobediência dos outros e estava acostumado a que todos sempre fizessem o que queria, não sabia lidar com a rejeição.
O humor de Deirdre se acalmou. Enquanto isso, o carro parou e ouviu a voz de Brendan dizendo:
― Chegamos. ―
― Ah... ― Deirdre tentou tirar o cinto de segurança, mas estava preso, talvez devido ao modo errado como ela o havia afivelado. Sem pedir ajuda, a jovem ficou tentando soltar a fivela, cada vez com mais impaciência, até que gotas de suor se formaram em sua testa.
Depois de alguns segundos, o homem ao lado dela se moveu, se inclinando e a prendendo com a parte superior do corpo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...