Ciclo de Rancor romance Capítulo 627

Cillian ficou em silêncio. Dadas as circunstâncias atuais, ele não tinha opções melhores. De qualquer forma, levaria apenas dois dias para verificar as informações e seguir com o plano. Como Deirdre continuaria cativa, o homem estava confiante de que ela não seria capaz de fugir dele. Por isso, no final, desamarrou as mãos de Deirdre e a levou para dentro do carro.

Quando chegou em uma de suas casas, a levou para o quarto no primeiro andar e, antes de sair, a avisou:

― É melhor você não estar mentindo para mim. Caso contrário, espero que aproveite seus últimos dois dias paz. Então, vou te mostrar como é viver no inferno. ―

Cillian deu um sorriso sinistro e saiu. Deirdre esfregou o vergão vermelho em seu punho, enquanto a dor de tristeza indescritível se espalhava de sua pele para o peito. Afinal, Brendan simplesmente não tinha aparecido. Ele havia saído completamente do radar. Talvez já estivesse até mesmo voltando para Neve, então ela só podia depender de si mesma.

No entanto, aquela situação era algo impossível para uma pessoa comum lidar, pior ainda para uma mulher cega como ela. Mas, depois que se acalmou, se levantou e abriu a porta. Mas, dois homens musculosos pararam na frente dela e seus corpos eram tão maciços que não deixavam passar nem um pouco de luz.

― Onde você pensa que está indo? ― um deles perguntou, com a voz dura. Deirdre colocou a mão na barriga e disse: ― Estou morrendo de fome. Tenho certeza de que seu chefe não gostaria de ver meu cadáver quando ele voltasse, não é? Você pode me trazer algo para comer? ―

Os dois se entreolharam e disseram:

― Espere dentro do quarto. Vamos pedir comida para você. ―

― Posso comer na sala? Vai ficar fedorento se eu comer no meu quarto. ―

― Não fique criando problemas onde não há. ― Um deles rosnou ameaçadoramente. Antes de Cillian partir, ele disse a eles para serem cautelosos com Deirdre. Afinal, ela não era tão fraca e vulnerável quanto parecia.

O olhar de Deirdre mudou quando suspirou impotente e disse:

― Então, por favor, se apresse. ―

Então, fechou a porta e o sorriso em seu rosto desapareceu. Ela se apoiou na porta e olhou para o chão, desanimada. Tinha descoberto que não poderia sair pela porta principal, pois havia dois seguranças guardando o quarto e tinha certeza de que havia ainda mais deles do lado de fora.

'Devo tentar sair pela janela?' Quando o pensamento surgiu em sua cabeça, ela tateou seu caminho até a parede do cômodo. No entanto, para seu desgosto, a passagem estava bloqueada por grades e, se sua cabeça mal passava, o resto do corpo não passaria.

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