'Eu não devo nada a você, e você também não deve nada a mim...' Brendan nunca pensou que uma frase tão leve lhe daria um golpe tão doloroso. Por isso, seus olhos ficaram cheios de lágrimas quando disse:
― E se eu disser... E se eu disser que não sabia nada sobre o que aconteceu com você na prisão? ―
― O quê? ― Deirdre franziu a testa e levou um longo tempo antes que pudesse se recompor e falar. ― Brendan, não sei por que você está fazendo essa pergunta. Mas mesmo que você não soubesse, não pode mudar o que aconteceu. Foi você quem me obrigou a ir para a prisão e ser o bode expiatório de Charlene. Você também falhou em proteger minha mãe e me deixou órfã muito mais cedo do que deveria. ―
Deirdre contou suas falhas e erros e disse calmamente:
― Então, mesmo que você não soubesse, isso não te torna inocente. ―
― Verdade. ― Brendan sentiu que seu coração estava prestes a ser dilacerado. Então, apenas sorriu e acenou com a cabeça. ― De qualquer forma, sinto muito. ―
Deirdre não disse mais nada sobre o assunto, mas respirou fundo.
― Já que você acordou e já é tarde, devo ir. ―
― Está bem. ―
Deirdre saiu. Mas, quando passava pela porta, Brendan chamou seu nome:
― Deirdre! ―
Algo no tom de voz sofrido, fez a jovem parar e Brendan concluiu:
― Eu te amo. ―
A jovem voltou a andar e a porta se fechou com um clique. Havia uma multidão de pessoas do lado de fora e suas vozes, enquanto conversavam, soavam nos ouvidos de Deirdre que seguia na direção do elevador, de acordo com sua memória.
No meio do caminho, Sam se aproximou:
― Senhorita Deirdre! ―
A jovem parou. Sam ficou na frente dela e, quando viu o rosto riscado de lágrimas, se assustou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...