Ciclo de Rancor romance Capítulo 799

― Se eu dissesse que não sabia de nada sobre as coisas que aconteceram com você na prisão, você ainda me odiaria tanto? ― Os olhos escuros de Brendan brilharam, enquanto sua voz tinha notas de embriaguez e esperança.

Era como se esperasse ouvir uma resposta que queria de Deirdre. ‘Não.’ Mas, no momento seguinte, seu entusiasmo foi abafado pelo tom frio da jovem, que dizia com a expressão cheia de ódio:

― Se você ordenou aquelas coisas que me machucaram porque me odiava, eu posso me culpar por ter me envolvido com alguém que não deveria, capaz de me odiar a ponto de querer me destruir. Mesmo que isso não faça sentido, é mais fácil pensar que foi você quem fez tudo isso. No entanto, se você me deixou passar por todas aquelas coisas, por distração, por simples descaso, eu só vou te odiar mais. ― A observação soou cristalina e colocou o coração ansioso de Brendan no lixo.

Sem saber como continuar a conversa, o magnata se sentiu impotente e disse, desanimado:

― Você precisa voltar a dormir. ― Então abaixou o olhar e se levantou da cama, antes de sair do quarto.

O cômodo ficou silencioso e vazio, deixando apenas o som do vento uivante que vinha do lado de fora. Deirdre parou de tremer e disse a si mesma: 'Acalme-se. Ele é Brendan, o monstro que comete todos os tipos de pecados hediondos. Kyran é apenas uma camuflagem que ele criou meticulosamente.'

Engel ficou surpresa ao ver Brendan saindo do quarto de Deirdre e reascendeu a luz do corredor, que acabara de apagar, enquanto perguntava.

― Você não vai dormir no quarto dela, senhor Brighthall? ―

― Não. ― Brendan massageou a testa cansada com os dedos. ― Ela está grávida e eu bebi demais hoje. Posso machucá-la acidentalmente. ―

― Então... vou preparar seu quarto, rapidamente. ―

― Não será preciso. ― Brendan disse: ― Você deve estar cansada. Vou dormir no escritório esta noite. ―

― Mas... ―

― Vá. ―

A voz de Brendan era calma, mas firme.

A governanta soltou um suspiro, mas não teve coragem de fazer mais comentários:

― Por favor, cuide-se, senhor Brighthall. Se precisar de ajuda, me chame no meu quarto. ―

― Sim. ―

No dia seguinte, Deirdre acordou tarde. Não havia como dizer se estava dormindo mais por causa da gravidez ou do cansaço mental. Quando desceu as escadas com um agasalho nos ombros, viu que Brendan saía de casa e parecia estar com pressa.

― Sim. ― A governanta se sentiu culpada. ― O senhor Brighthall é tão alto. Além do sofá ser pequeno para ele, não havia travesseiro e nem coberta. Seria estranho se ele não pegasse um resfriado. Eu teria limpado outro quarto se soubesse... Meu descuido colocou o senhor Brighthall nessa situação. ―

― Está tudo bem, Anna. Não é sua culpa. ― Deirdre a consolou, mas seu coração estava dominado por emoções complicadas. Ela não conseguiu entender o raciocínio de Brendan quando ele fez aquilo.

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No Grupo Brighthall, o magnata tinha acabado de entrar em seu escritório quando Sam abriu a porta e entrou, logo atrás dele. O segurança parecia estar emotivo e tinha dificuldade em esconder suas emoções:

― Senhor! Temos notícias de lá! ―

As pupilas de Brendan se contraíram:

― De onde? De Ophelia? ―

― Sim! ― Sam acenou com a cabeça apressadamente e passou um documento para Brendan, com as mãos tremulas.

O empresário abriu a pasta e olhou as fotos de uma montanha.