Ciclo de Rancor romance Capítulo 901

Deirdre achou o temperamento de Brendan instável demais para fazer sentido. No passado, quando era bajulado, aceitava sem fazer perguntas. Mas agora, as mesmas coisas o irritavam.

Sem entender o que acontecia, Deirdre deu de ombros e se abaixou, para começar a recolher os papéis que haviam caído no chão, mas Brendan a segurou pelo braço e, gentilmente, a puxou para cima e em sua direção. Antes que ela percebesse, os dois estavam com os corpos colados e as bocas afastadas por milímetros. Era uma posição bastante sugestiva.

Deirdre congelou ao sentir que Brendan a atraía para si.

― O que devo fazer, Deirdre? ― o magnata perguntou, surpreendentemente derrotado.

Deirdre piscou e seus dedos deslizaram suavemente, antes de se enlaçar em torno do braço forte e firme do homem. Estranhamente, ela não achava mais aquele contato repulsivo.

― Você não está mais bravo? ―

Brendan ergueu os olhos.

― De que adianta minha raiva? Não importa o quão zangado eu esteja. Você simplesmente não entende por que estou bravo. ―

A jovem não estava acostumada com desamparo na voz de Brendan. Mas, antes que conseguisse se recuperar da surpresa, o magnata ergueu o queixo dela e falou novamente, desta vez com mais solenidade.

― Me escuta, Deirdre. Eu não quero que você faça nada contra sua vontade, apenas para me agradar. Eu vou te dar o que você quiser e isso não é uma barganha. Não estou recompensando você por fazer algo que sinceramente não quer fazer. Tudo o que eu quero é que você e nosso filho estejam seguros. Eu quero que você só faça o que realmente quiser fazer e se sinta realmente à vontade para fazer. Você obviamente não está disposta a transar comigo, então por que fingir o contrário? Isso é um insulto para você e para mim! Eu nunca volto atrás das minhas promessas, lembra? Notícias sobre sua mãe e a liberdade para você e nosso filho após o nascimento são coisas garantidas. Eu não vou dar para trás. Tudo o que eu quero em troca é você. A verdadeira você. ―

Deirdre sentiu sua mente explodir com a confissão. Emoções, nem todas concordantes umas com as outras, invadiram-na de todas as direções. Era como se ele tivesse esculpido todo o seu discurso em sua rede neural.

‘O que ele disse? Que odeia quando eu me forço a fazer algo que não quero? Que vai me dar liberdade para partir, assim que a criança nascer. Ele disse que quer a verdadeira eu.’ Deirdre foi repentinamente desequilibrada por suas próprias emoções.

Brendan não estava bravo porque ela o tentava bajular. Ele ficara chateado pelo motivo por trás disso, o fato de ela estar fazendo apenas para agradar.

Como a porta não estava fechada, Engel testemunhou os amantes que se abraçavam e um sorriso surgiu em seu rosto. 'Então, os dois se reconciliaram.' Era exatamente como ela esperava. Se Deirdre pedisse para o magnata parar qualquer luta, ele o faria. Claro, que faria, ele não suportava ver a jovem chateada.

Depois de alguns segundos, a governanta bateu com os nós dos dedos na porta aberta e falou:

― O jantar está pronto. ―

O chamado tirou Deirdre do enfeitiço e a jovem se atrapalhou. Brendan sorriu, mas antes que ela saísse, disse:

― Espera, Dee. Tem uma coisa que preciso discutir com você. ―

Enquanto Engel colocava a comida na mesa, inclinou a cabeça na direção do escritório pensando que já fazia algum tempo que os tinha chamado, mas finalmente, Deirdre apareceu, com um olhar perplexo e inseguro no rosto.