Ciclo de Rancor romance Capítulo 946

Charlene abraçou Brendan, o mais apertado que conseguiu, e chorou silenciosamente, enquanto o magnata acarinhava suas costas, com suavidade.

Entretanto, os olhos do magnata eram indiferentes e frios.

― Você só está passando por tudo isso por minha causa, não é? Com isso em mente, como eu poderia assistir calado enquanto você se sacrifica por mim? Especialmente quando a opinião pública é mais impiedosa que um carrasco? Se você descer lá e explicar dessa maneira, sua vida estará perdida para sempre. ―

Charlene fungou, quando um brilho de alegria passou por seus olhos. Era exatamente como ela suspeitava: Brendan não a deixaria se ela largasse meias verdades e se colocasse em posição de mártir.

― Mas, o que vamos fazer? Sua reputação... seu nome... estão todos arruinados por minha causa! Nem me atrevo a voltar para a mansão, Bren. Não sei como ficar diante de Deirdre e a ouvir zombar de mim! Eu não posso suportar isso! A culpa e a agonia... ―

― Nada disso é sua culpa ― Brendan a confortou. ― Vai passar. ―

Não que a jornada para liberar todo o evento fosse fácil.

Enquanto ainda presos no abraço reconfortante, Cormac entrou para relatar que outro contrato fora cancelado. Agora que o Grupo Brighthall estava em apuros, outras empresas buscavam os clientes e ofereciam propostas mais sedutoras, qualquer parceiro com tino comercial abandonava imediatamente o grupo.

Muitos aproveitavam a chance para chutar a empresa enquanto estava caída. O próprio Cormac não conseguiu esconder a raiva quando relatou:

― A família Marlow trabalhava conosco há anos! Nós até recompensamos sua lealdade fechando os melhores negócios para eles e oferecendo prioridade na escolha dos projetos e é isso que eles fazem agora que a empresa está em apuros?! Eles vão nos cancelar assim? Que coragem! ―

Era discreto, claro, mas era óbvio que o assistente lançava olhares de ódio para Charlene.

Como se nada daquilo fosse grande coisa, Brendan perguntou:

― Fizeram isso por telefone? Ou estão aqui? ―

― Estão na sala de reuniões. Eu pedi para que esperassem lá. ―

― Vou falar com eles, agora mesmo. ―

Soltando Charlene, como se não estivesse nem um pouco preocupado com a quebra de contrato, perguntou, com a voz suave.

― Quer que eu peça para Sam te levar? ―

Ela balançou a cabeça e sorriu, sem jeito.

― Não, obrigada. ―