Ciclo de Rancor romance Capítulo 948

‘Se minha mãe ainda estava viva, o que será que os captores disseram a ela, para que aceitasse sua condição?’ Perdida em pensamentos, Deirdre não percebeu o barulho da janela do quarto e, quando a porta do banheiro foi aberta, era tarde demais.

Ela tentou cobrir a nudez, mas com apenas seus dois braços, ela não podia cobrir muito.

O cabelo molhado grudava em seus ombros e costas como cola e seu corpo era deslumbrante. Com um braço, a jovem escondia os seios, enquanto, com a outra mão, tateava a parede em busca da toalha. Suas pernas se mantinham unidas, para esconder a intimidade, mas deixando o baixo ventre exposto para ser apreciado.

O pomo de adão de Brendan se moveu quando ele olhou para o corpo gracioso de Deirdre. Mesmo que fosse um homem honrado e íntegro, era difícil não se sentir excitado e com vontade de abraçar a jovem e sentir todo o contato de suas peles.

O magnata se despiu e, ligando novamente a ducha, se espremeu sob o chuveiro com Deirdre.

Sentindo a pele quente de Brendan, Deirdre se assustou e perguntou:

― O que você está fazendo? ―

Brendan aumentou o fluxo da água e sussurrou no ouvido de Deirdre:

― Você não pediu que eu saísse, então entrei. ―

― O quê? ―

― Você não pediu que eu saísse... Portanto, achei que seria uma boa se tomássemos banho juntos. ―

Enquanto falava, Brendan parecia incapaz de reprimir o desejo em sua voz, querendo deixar claro que, apesar de respeitar que a jovem ainda não estava pronta para transar com ele, a espera não era nada fácil.

Ainda perplexa, Deirdre disse:

― Você não acha que torna tudo mais difícil, sentir meu corpo, ver meu corpo, sabendo que não vai passar disso? ―

Brendan respondeu com um sorriso, mas sua respiração ficou tensa.

Com medo de provocar Brendan, Deirdre se enrolou em uma toalha e fugiu.

Enquanto olhava para a figura fugitiva de Deirdre, Brendan respirou fundo algumas vezes e só conseguiu se acalmar depois de ajustar a temperatura da água para fria.

Quando o magnata saiu do banheiro, Deirdre já estava encolhida na cama. Ela tinha o rosto afogueado, o que indicava que Brendan não era o único reprimindo desejos.

Brendan foi se sentar ao lado de Deirdre. Mas, quando o braço do homem tocou a ponta dos dedos dela, a jovem recuou.

― Você está gelado. ―

Deirdre ficou atordoada e o magnata continuou:

― Farei tudo o que puder para encontrar sua mãe. Se não conseguirmos encontrar, vou... ― Brendan tentou prometer algo a ela. Ele queria dizer que iria compensá-la pelo resto da vida, mas pensando melhor, percebeu que ela poderia não se importar com isso. ― Eu vou te compensar da maneira que você quiser. ―

-

Depois de alguns dias, Brendan entregou o contra para o projeto da Ilha Oriental, nas mãos de Charlene que, seguindo as instruções do homem misterioso, foi até a empresa e colocou na gaveta da copa.

De antemão, Brendan instalara câmeras no cômodo. Depois que Charlene cumpriu com sua parte do acordo, muitos funcionários entraram e saíram da copa. Enquanto um grupo conversava e tomava café, um homem entrou.

― Senhor Cooper. ―

Os funcionários conversavam alegremente. Quando viram Cormac entrar, sorriram desculpando-se.

― Você está aqui para fazer café? ―

― Sim. ― O assistente de Brendan assentiu. Os funcionários foram discretos o suficiente para sair. Depois que todos deixaram a copa, o homem vasculhou a gaveta, tirou o contrato e o colocou sobre uma pilha de outros documentos.