O Labirinto de Amor romance Capítulo 132

Eu assenti e entrei, dando partida no carro.

Levei Nathan para o hospital e fiquei sentada no corredor deixando o vento frio me soprar. Estava meio frio, e eu sentia o peito entupido.

As coisas não precisavam chegar a esse ponto, por que acabou assim?

Esperei por uma hora antes que Nathan saísse da sala de cirurgia, a enfermeira o empurrou para dentro do quarto de internação.

O médico me mandou ir fazer os processos de internação, mas eu não sabia da situação, então perguntei a ele:

- Doutor, como ele está? Vai ficar com sequelas?

O médico sorriu para mim e disse:

- Aparentemente não tem problemas, precisa apenas de uns dias de descanso. Mas a perna dele fez cirurgia antes, então vou manda-lo para raio-X daqui a pouco para saber melhor.

Eu assenti e agradeci, entrando para o quarto.

Por ter tomado anestesia, Nathan não podia se mexer. Ao ver eu entrando no quarto, ele sorriu, parecendo estar de bom humor.

- Não fique perambulando, sente-se e converse um pouco comigo!

Eu o ignorei, dizendo:

- Você que ligue para alguém vir cuidar de você! Já é tarde, eu vou indo.

O céu tinha escurecido lá fora, e eu não sabia como enfrentar Guilherme quando chegasse em casa.

A expressão de Nathan ficou péssima num piscar de olhos, dizendo:

- Eu não tenho mais ninguém aqui além de você. Já que tem mais o que fazer, vá.

Vendo que ele estava desistindo de si mesmo, eu fiquei sem jeito, falando:

- Então eu procuro uma enfermeira para cuidar de você.

- Kaira! - ele me olhou. - Você quer muito que eu morra, não é? Você me odeia? Nem mesmo quer olhar para mim?

- Não é isso! - na verdade, ele nunca me machucou, mas eu tinha trauma das coisas que eu o vi fazer esses anos todos.

- Você sabe que eu não tenho mais parentes nesse mundo, só tenho você. Nesses cinco anos, eu quis incontáveis vezes ir procurar por vocês, mas eu me contive. Eu achei que podia passar das horas escuras sozinho, mas não achei que fosse te encontrar na Cidade A. - ele disse olhando para os machucados em suas mãos, emoções completamente tristonhas. - Uma faísca é suficiente para um incêndio. Depois de te encontrar, eu não consigo mais ficar longe de você, eu queria que voltássemos a ser como éramos quando pequenos, acompanhando um ao outro pro resto da vida, entende?

Eu não soube o que dizer de primeira. Tivemos uma infância pesarosa, e ele esteve procurando por um porto seguro a vida toda.

Depois de uma pausa eu disse:

- Nathan, eu já me casei. Tenho a minha família e a minha criança, o meu marido. Você pode voltar para o meu mundo, mas não pode atrapalhá-lo.

- O que Guilherme tem de bom? Ele é frio e cruel, e nem te ama! Por que tem que ser ele?

Vendo que suas emoções estavam descontroladas, eu interrompi o assunto:

- Cuide bem dos seus ferimentos, eu vou achar uma empregada para cuidar de você.

Sem esperar pela sua resposta, eu fui embora do hospital.

O céu estava escuro, e eu tinha vindo dirigindo o carro de Nathan. Agora só podia voltar de táxi. Ao chegar na porta da mansão, eu hesitei por muito tempo.

Estava com medo, não sabia como enfrentar Guilherme quando entrasse.

Mas não podia ficar evitando, teria que vê-lo cedo ou tarde.

Abri a porta. Não tinham luzes acesas na sala, mas tinha luzes vindo da cozinha. Joana costumava ficar na cozinha fazendo coisas quando estava com tédio.

Achando que deve ser ela aprontando guloseimas, suspirei de alívio e tirei os sapatos, entrando.

Cheguei na cozinha e assustei a Joana sem querer.

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