Comi alguma coisa no casamento que não me fez bem. Durante as conversas com Mayla e Matt minha cabeça doía, meu estômago estava enjoado e então eu comecei a passar realmente mal.
- Matt essas comidas daqui não estão me fazendo bem.
- Porque caipira? – ele me olhou preocupado.
- Porque passo mal, não agüento mais frutas secas, coalhadas e chás.
- Vou providenciar comida brasileira ou alguma outra coisa para você pra você. Você quer? – na hora eu aceitei.
- Sim, Rajj até me pediu pra falar com você, mais você estava tão atarefado com esse casamento às pressas que não quis incomodar, e também o contrato está no fim – dei de ombros - Só mais uns dias e volto pra casa, nem fiquei com minha família, falo pouco com eles e estou com saudades.
- Está tudo bem com eles temos seguranças lá, você vai vê-los quando retornar – apontando o dedo - Mais não se esqueça caipira que o Sheik pode requisitar mais tempo e que está no contrato.
- Ele não vai, tenho certeza que logo estarei de volta ao Brasil e com minha família – me virei para ele – Por que tem seguranças lá na casa deles?
- Bom caipira não crie expectativa de nada, nunca sabemos o que ele pensa – ele deu de ombros - E ele tem o contrato que pode obrigar você a ficar, lembre-se disso e os seguranças estão para não deixar que nada aconteça com eles.
A festa de casamento de Mayla e Mohamed foi muito interessante, pois pude ver a cultura do país de Rajj, vez ou outra vinha até mim e me perguntava se tudo estava bem, pois nós não podíamos ficar juntos a atenção de todos sempre estava nele. Alguns empresários e outros sheiks também se encontravam ali, até mesmo o príncipe de Dulbaíu estava lá, já tinha o visto em revistas e jornais, a alta sociedade árabe estava em peso, um rapaz elegante usando roupas típicas árabes o Kandura.
- É o príncipe de Dulbaíu – ele movimentou os olhos - Dizem que é um dos mais ricos do mundo, como nosso querido Sheik – Matt fez um gesto com as mãos - Os dois não se bicam muito, sempre é uma troca de farpas quando os dois estão no mesmo espaço.
- Bonito ele né Matt – falei olhando para o moço - Parece ser mais carismático que o Rajj.
- Caipira cuidado se Rajj escuta você dizer que o homem é bonito, ele mata você – ele sorriu com sarcasmo - Sabia que aqui no palácio tem uma masmorra ele te trança lá sua doida.
O príncipe de Dulbaíu trocou olhares comigo, mais eu sempre saía de perto dele não quero arrumar confusão, só quero ir embora daqui, e voltar pra minha vida o mais rápido possível. Mohamed pediu para que eu e Matt fossemos falar com Mayla. Ela estava um pouco assustada e chateada com o pai, mais estava feliz, disse que tinha perdido sua pureza com ele e ele tinha sido muito atencioso e carinhoso. Foi bom ver minha amiga feliz. Depois de deixar os noivos em seu quarto, também resolvi ir descansar então no meio do caminho senti uma tontura, Matt me apoiou e me levou pro quarto.
- O que está acontecendo caipira?
- Ando comendo mal e estou fraca.
Rajj me beijou e se deitou atrás de mim, senti um cheiro de wisky foi quando me deu um enjoo e coloquei tudo pra fora, só queria sair daquele cheiro. Rajj me levou pra outro quarto e chamaram o médico, na qual eu recusei, era só um mal estar por conta da comida e a rotina de sexo. O médico me examinou e disse que poderia ser uma intoxicação alimentar e que precisa fazer exames, na qual eu não quis.
Fiquei quietinha no quarto até o segundo dia do casamento. Estava bem melhor, hoje era o dia da noiva e não podia deixar Mayla na mão, algumas garotas participaram e então Matt não foi autorizado, por ser homem. Mayla ficou o tempo todo comigo, pois disse não ter afinidade com as outras moças que a mãe havia convidado e que estavam ali buscando maridos ricos.
O terceiro dia foi regado a muita festa, mais novamente os homens, estavam em outra sala. Foi um bafafá no primeiro dia quando Mohamed mostrou o tal lençol achei desnecessário homens gritavam e mulheres faziam um barulho diferente com a boca, mais é a tradição. E o terceiro dia deu fim às festividades do casamento.
Meu contrato com Rajj a acabaria em poucos dias. Desde o dia que passei mal ele não me procurou pra sexo. Dormimos no mesmo quarto e conversávamos pouco e ele dormia exausto.
- Matt meu contrato acaba daqui a alguns dias – e estava no quarto sentada na cama com o notebook - Estou terminando o projeto do Alan, voltarei a Nova York para executar que deve demorar uns 20 dias e depois de volta ao Brasil e minha vidinha.
- Não fique tão confiante aos seus planos minha caipira.
- Ele te disse que vai estender o prazo? – olhei preocupada.
- Não me disse, mais nunca sabemos o que ele realmente pensa não e mesmo, o Sheik é uma caixa de surpresas tanto pode mandá-la embora como, pode deixar você aqui até quando quiser e bem entender, ele tem poderes pra isso.
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