O sol avermelhado caía no lado oeste, a noite estendia seu manto.
A família de Henrique.
Uma moderna casa imensa, uma enorme cama de casal.
Assim que Nara Barcelo foi enviada para a família Henrique, Lucas Henrique pediu a algumas criadas que cuidassem dela, com uma ordem simples.
"Cuidem para que ela se arrume!”
As criadas chegaram junto dela, lavaram seu rosto, a maquiaram e a vestiram com um traje vermelho tradicional e com um véu vermelho.
Sua visão havia sido coberta pelo véu, Nara só enxergava um vermelho brilhante, notando bem à sua frente os sapatos caros e finos de um homem.
"Coopere comigo, não vou fazer nada com você,” foram as palavras ditas por um homem com voz profunda como a de um violoncelo.
A voz era reconfortante, mas com uma força invisível.
Naquele momento, Nara já sabia que não teria como escapar!
Esse homem conseguia saber com precisão onde encontrar a casa dela, então não importava para onde ela fosse, ele a encontraria!
Nara, apertando o lábio, pensou "Está bem, eu vou cooperar com você, eu comecei isso, então devo pagar o preço! Mas, você deve me dizer , por quanto tempo terei que cooperar? Quando o prazo terminar, cada um vai para sua casa e sem intromissões!”
Lucas, sem interesse nela, respondeu indiferente: "Três meses."
Ele sabia que três meses era tempo suficiente para seu avô se recuperar após a cirurgia, e também ele não tinha a intenção de se envolver emocionalmente com ela.
"Feito!"
Nara aceitou este período que, na opinião dela, não era nem longo nem curto, e segurou a mão grande do homem.
"Vamos, tio, vamos comemorar o seu casamento!"
Lucas vacilou por um momento, olhando para a mão que Nara estava segurando.
Ele, que detestava contato físico, surpreendentemente não sentiu aversão.
As mãos dela eram pequenas, bem suaves.
......
O casamento que acontecia na família Henrique era de estilo antigo.
Nara colaborou com Lucas chegando ao salão de festas, onde realizaram uma cerimônia de casamento bem simples e clássica.
Depois, ela foi levada para o quarto com clima de lua de mel.
Quando Lucas entrou pela porta , Nara estava sentada na ponta da cama, com as costas esticadas.
Ela ainda estava vestindo o véu vermelho, parecendo uma noiva acanhada aguardando pelo noivo na noite de núpcias.
Ele olhou para ela com um sorriso irônico nos lábios, falou friamente, "Levante-se, pare de disfarçar.”
Nara continuou parada ali.
Lucas, percebeu que algo parecia estranho, chegou perto dela, e levantou o véu vermelho.
Sob a luz quente, um rosto pequeno e elfo parecia uma visão, com cílios longos caídos, uma conduta calma e obediente, e um pouco de saliva brilhando no canto da boca, ela havia dormido sentada?
Talvez por ter levantado o véu tenha desequilibrado sua cabeça, Nara, dormindo, foi perdendo o equilíbrio e caiu de lado.
Lucas, como que por instinto, estendeu a mão para impedir que ela caísse no chão!
Nara fez uma careta, mas continuou dormindo.
Observando a pequena mulher que caía em seus braços, o deixou zonzo.
Pela primeira vez ele estava vendo o rosto dela sem maquiagem, havia uma certa magia em seus olhos intensos e frios.
Ela era muito bonita sem maquiagem.
Talvez por ter sentido um cheiro diferente bem próximo a ela, Nara repentinamente abriu os olhos, e notou que estava sendo segurada pelo homem, com seus rostos muito próximos.
Ela rapidamente se soltou e disse assustada: "Tio, o que você está fazendo? Já vou te avisando, existe uma diferença entre homens e mulheres, e além do mais, estamos apenas disfarçando estar casados!"
Mas que ingratidão dessa garotinha!
Se ele não a tivesse segurado, ela teria caído com o rosto no chão!
Lucas franziu a testa, nem um pouco contente, "Quem te falou que estamos disfarçando estar casados?"
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