“Espere um segundo”, naquele momento, Zacarias pegou uma toalha e ajudou a secar a água dos ombros e braços dela. “Por favor, tire sua toalha molhada. Pegará um resfriado se dormir assim.”
Envolta em um cobertor, Carla removeu a toalha do corpo. Então, ela a jogou para o lado e foi dormir.
Zacarias ficou desolado ao ver sua aparência exausta. Ele queria abraçá-la, mas sabia que não podia.
O coração dela ainda não estava aberto para ele, e ela se recusava a deixá-lo se aproximar.
E ele respeitava os sentimentos dela.
Pouco depois, Zacarias fechou a janela e estava prestes a sair. Mas, ao notar o vento forte lá fora, temeu que houvesse uma tempestade naquela noite.
Como o veneno dentro de Carla ainda não tinha sido erradicado, havia uma chance de ela ainda enlouquecer se ouvisse o trovão.
Com isso em mente, Zacarias decidiu ficar e acompanhá-la.
Nesse momento, houve uma batida na porta. Zacarias imediatamente foi abri-la, preocupado que pudesse acordar Carla.
“Há alguma coisa?”
“Pode haver uma tempestade esta noite. Preciso entrar e ficar de olho na Srta. Lange.”
Luciana estava segurando um cobertor e protetores auriculares à prova de som.
“Deixe comigo, então”, Zacarias pegou as coisas. “Por favor, vá cuidar das crianças.”
“Mas…”
Antes que Luciana pudesse dizer uma palavra, Zacarias já tinha fechado a porta.
Ela se sentiu de alguma forma inquieta, mas só pôde arranjar duas seguranças confiáveis para ficarem perto da porta. Ela as instruiu a informá-la se ouvissem algo vindo do quarto.
Com isso, Luciana foi resolver outras questões.
Após fechar a porta, Zacarias sentou-se no sofá com o cobertor nos braços. Ele olhou silenciosamente para Carla, com uma mão apoiando o queixo.
Todas as memórias boas e ruins voltaram à sua mente.
Ele vivera esses dois anos cheios de arrependimentos profundos. Ele se culpava por não tê-la protegido bem dois anos atrás e por tê-la levado a tal tragédia.
Agora é diferente. Vou protegê-la, não importa o preço que precise pagar!
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