Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 1792

Francelina se enrijeceu de surpresa e, ao virar-se, viu que Marcelo havia acordado.

“Eu-Eu estava apenas…”

Ela tentou desesperadamente se explicar, mas Marcelo a interrompeu:

“Água…”

Sentindo-se aliviada por ele não ter percebido o que ela fez, Francelina devolveu rapidamente o colar ao lugar e lhe serviu um copo d'água.

“O Sr. Lange está acordado?”, Gustavo perguntou ao vê-la oferecendo água a ele.

“Ele recuperou um pouco da consciência, mas continua bastante grogue no momento”, respondeu Francelina, enquanto observava o colar.

Ainda bem que não levei comigo, senão esses caras certamente notariam e pensariam que estou tentando roubar o Marcelo! Ah, bem… Terei que tentar de novo outra hora…

“Ele continua com febre?”, Gustavo perguntou, preocupado.

“Não vai passar tão cedo. Acho que só vai ceder amanhã cedo”, disse Francelina após colocar a mão na testa de Marcelo.

Gustavo olhou para Marcelo com uma expressão dolorida.

“É a primeira vez que vejo o Sr. Lange doente em tantos anos. Costumava pensar que ele era ridiculamente forte e resistente.”

“Todo mundo fica doente em algum momento. Ainda assim, ele adoeceu porque foi picado pela própria cobra de estimação, então ele meio que causou isso a si”, mencionou Francelina casualmente.

Gustavo ficou furioso ao ouvir isso.

“Como pode dizer isso? O que quer dizer com ele trouxe isso para si?”

“Por que ele manteria uma cobra venenosa como animal de estimação? Aposto que estava tentando envenenar alguém com seu veneno, não é mesmo?”, retrucou Francelina.

“Sua…”

“Também, não foi exatamente muito legal da parte dele manter os animais selvagens com a intenção de usá-las como ferramentas.”

Francelina se sentiu extremamente conflituosa ao lembrar Marcelo afugentando a Máfia com os lobos.

Embora fosse aceitável invocar os lobos para autodefesa, a visão dos corpos espalhados ainda a abalava profundamente.

“O que você sabe? O Sr. Lange só mantinha essas feras como animais de estimação porque-”

“Gustavo! O sol nascerá em breve. Deveria descansar um pouco”, interrompeu Jean, tentando mudar de assunto.

“Ainda não entramos no mercado de Zarain, então não temos negócios lá. Apenas seguimos o Sr. Lange sempre que faz viagens pessoais para cuidar de alguns assuntos privados”, disse Jean casualmente.

Na verdade, eles estavam lá procurando alguém.

Enquanto era perseguido por seus inimigos em Zarain há sete anos, Marcelo encontrou uma garota tão amável quanto um anjo.

Após se colocar em segurança, ele começou a mandar seus homens procurá-la.

Seis meses atrás, ele foi duas vezes à Zarain procurar sua prima após ouvir que a filha de sua tia ainda poderia estar viva.

“Que tipo de assuntos privados estamos falando aqui?”, Francelina perguntou.

Jean a encarou.

“Não posso divulgar isso. Parece que está muito interessada nos assuntos do Sr. Lange, Dra. Rodrigues.”

“Estava apenas curiosa, só isso.”

Francelina parou de perguntar mais quando percebeu que não obteria as respostas que queria.