Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 1875

Francelina se jogou na cama assim que o quarto ficou vazio novamente e deixou as joias caírem por entre seus dedos trêmulos.

“Vou ficar rica!”

O número de joias preciosas em sua cama naquele instante era quase comparável a toda a riqueza que possuía no mundo.

Marcelo é muito mais rico do que eu pensava. Será que consigo realizar meu sonho de conquistar a liberdade financeira e viajar pelo mundo antes dos trinta?

Francelina começava a se acostumar com a ideia de ter alguém tão suportável quanto Marcelo disposto a mimá-la pelo resto da vida.

Na verdade, refletiu, não seria uma vida tão ruim assim.

Eu poderia simplesmente ficar aqui.

Francelina estava prestes a sucumbir à tentação quando se sacudiu com um pequeno movimento firme da cabeça. Não! Não é isso que quero. Se ficar, terei que me casar e ter filhos. Ter um bebê realmente dói. E, pior ainda, ficarei presa para sempre depois de ter um filho. Será tarde demais para sair.

Acostumada com uma vida livre, Francelina sentia-se sufocada só de pensar em ficar presa. Preferindo dar as próprias ordens, ela odiava estar envolvida em uma grande família cheia de intrigas e política.

Exceto pela medicina, Francelina não gostava de usar muito sua mente por qualquer outra causa. Ela não conseguia se ver envolvida em jogos mentais intermináveis com pessoas cujos nomes mal conseguia lembrar.

Douglas e Eva têm se mostrado nos últimos dias. O que mais será que nos espera?

Com esse pensamento sombrio, Francelina devolveu as joias às caixas mais uma vez.

O único salário que posso aceitar é aquele pelo qual trabalhei arduamente.

Embora cobrasse quantias exorbitantes em honorários médicos, com uma infinidade de despesas astutamente adicionadas, Francelina justificava sua renda como merecidamente ganha.

Isso é diferente. Marcelo me deu porque quer estabelecer uma relação comigo. Como não planejo ficar, não me sentiria bem em aceitar.

A porta rangeu enquanto ela estava perdida em pensamentos.

Marcelo entrou graciosamente e a olhou ternamente.

“Eu não trabalhei por elas”, respondeu Francelina diretamente. “Embora seja muito bem recebidas, não posso aceitar presentes tão caros de você.”

“Por quê? Você é minha noiva”, Marcelo franziu a testa ao ter um pensamento. “Eu sabia. Você as detestou.”

“Não, eu gostei delas! Muito”, Francelina lançou outro olhar relutante às joias. “Mas não posso me casar com você.”

“Quem falou em casamento?”, Marcelo deu de ombros. “Aceite se gostar, ou jogue fora se não gostar.”

Francelina parecia estar passando por uma luta mental intensa, o que suas frequentes olhadas para as joias não ajudavam.

Marcelo percebeu sua hesitação. Sem avisar, pegou as joias e as jogou pela janela.

“Você está louco?”, Francelina gritou enquanto corria para a janela e olhava para baixo. As joias já haviam desaparecido de vista na densa camada de neve que cobria os terrenos do castelo.

Em pânico, ela pulou pela janela.