Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 2314

O vento frio uivava enquanto a neve caía incessantemente.

Vestida com roupas finas, Francelina marchava adiante, descalça.

Tudo o que ela queria era deixar aquele lugar, como se o local fosse o covil de uma fera, e seria devorada viva se permanecesse ali.

Antônio a seguia, ansioso, fazendo ligações para conseguir alguém que os buscasse.Podemos perder nossas vidas se continuarmos marchando por esta terra gelada com o vento frio soprando por mais tempo.

“Senhorita Rodrigues!”, Jean correu atrás deles em pânico e apressou-se a explicar: “O Sr. Lange foi forçado a fazer isso! A situação atual é-”

Francelina não conseguia compreender.

“

Forçado a fazer isso? Muitas pessoas morreram por causa dele. Em vez de vingar essas mortes, ele se reconciliou tão facilmente com o presidente. Ele estava sendo forçado a isso?”

“Hã-”

“Eu não podia culpá-lo pelas coisas que aconteceram na sua ausência naquela época, mas agora que ele voltou, a prioridade dele não era resgatar o Sr. Lins, mas se reconciliar com o presidente. Mesmo após o presidente ter matado brutalmente o Sr. Lins diante dos meus olhos, ele ainda escolheu se reconciliar.”

Francelina se enfureceu quanto mais falava.

“

Para ele, seu prestígio é mais importante do que tudo, incluindo nossas vidas.”

“Não é assim, Senhorita Rodrigues-”

“Eu queria matar o presidente e vingar o Sr. Lins na noite passada. Por que ele me impediu?”, Francelina gritou com raiva. “É porque ele não teria ninguém para se reconciliar se eu matasse aquele canalha?”

“Não, Senhorita Rodrigues”, Jean afirmou imediatamente. “Você não poderia ter matado o presidente naquela situação porque havia armas e lasers infravermelhos todos apontados para você. Se disparasse, seria a primeira a cair. O Sr. Lange só fez isso para te proteger.”

Francelina estava furiosa.

“

Não preciso da proteção dele. A Sra. Loiola e o Sr. Lins estão mortos. De que adianta eu estar viva? Viverei apenas para vingá-los!”

“Mas-”

Francelina estava farta.

Jean suspirou. Conhecendo o temperamento de Francelina, sabia que nada do que dissesse faria diferença se ela decidisse não ouvir.O Sr. Lange não se explicou nem pediu que ela ficasse. Ele deve estar dando a ela um tempo para se acalmar. Ela está tão furiosa agora que pode não ouvir uma palavra.

Jean começou com cuidado:

“

A Srta. Rodrigues se foi, Sr. Lange. Pedi ao Conrado e à Sra. Eleonora para a acompanharem.”

Marcelo resmungou sem dizer uma palavra.

“Ela está muito irritada agora e pode não ouvir a razão. Dê-lhe alguns dias, e talvez ela se sinta melhor”, disse Jean suavemente. “Que tal buscá-la depois de alguns dias?”

“Receio que serão mais do que alguns dias, conhecendo seu temperamento”, Marcelo suspirou sem esperanças. “Eu também ficaria com raiva se estivesse no lugar dela.”

Marcelo compreendia como Francelina se sentia. Seria impossível não guardar mágoa após ver alguém próximo morrer. Ele não apenas não vingou essas mortes para ela, como ainda se aliou ao inimigo.

Como ela não poderia me odiar? Eu mesmo me odeio.

Nunca se curvando a nada, ele se viu finalmente se submetendo à realidade.

Ele odiava essa versão de si.