Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 27

Carla se esparramou no chão como um sapo. Arranhada e cortada, suas palmas e joelhos estavam queimando de dor.

Atrás dela, o Aston Martin acelerou e a deixou na poeira.

Carla estremeceu no frio enquanto se levantava triste e pena de si. Então percebeu estar sozinha em uma ponte elevada.

E o telefone dela ficou sem energia. Ela estava quase chorando.

Por que todos os homens são tão cruéis?

O chefe que ela conheceu durante o dia era assim e o gigolô à noite também.

Nenhum dos carros que passaram por ela desacelerou.

Após ficar no frio por uma hora, conseguiu parar um táxi. Carla rapidamente o parou pulando na frente com os braços estendidos.

Naquela noite, Carla pegou um resfriado e dormiu tão profundamente que nem o alarme conseguiu acordá-la.

Quando a manhã chegou, a Sra. Bernardes a acordou. Enquanto se arrastava para tomar banho, seu corpo doía por toda parte.

Quando a Sra. Bernardes soube que havia pegado um resfriado, rapidamente fez um chá quente.

Rubens foi ao kit de primeiros socorros e encontrou um remédio para resfriado. Ele também trouxe a Carla um copo de água morna. “Mamãe, quando terminar o café da manhã, precisará tomar sua medicação.”

“Você é um menino tão bom, Rubens.” Carla usou um lenço para cobrir o nariz. “Acordei tarde hoje e estou atrasada. A Sra. Bernardes vai levá-los para o ônibus mais tarde, certo?”

“Mamãe, não se preocupe. Cuidarei de Jaime e Aline.”

Agindo como um adulto, a expressão de Rubens mostrou que estava ansioso para assumir a responsabilidade.

“Mamãe, não deveria ir trabalhar. Em vez disso, tire o dia de folga e consulte o médico.”

Aline se sentiu mal por sua mãe enquanto ajudava Carla a limpar o nariz com as mãos rechonchudas.

“Ficarei bem após tomar alguns remédios. Não se preocupe.” Carla continuou bebendo água, pois também tinha dor de garganta.

“Vou te servir um pouco de água”, Aline ofereceu.

Quando Carla terminou a água, Aline pegou o copo vazio e encheu outro.

“Mamãe, este é o remédio para resfriado que preparei para você. Deve levá-los para o trabalho.”

Rubens colocou a medicação numa pequena caixa e a colocou na bolsa de Carla.

Depois disso, ele instruiu a Sra. Bernardes com um tom sério, “Sra. Bernardes, me ajude a verificar se a Fifi fizer cocô com algum ouro, enquanto estou fora.

“Tudo bem, tudo bem, cuidarei dela por você. Se realmente houver ouro, eu o guardarei para você.” A Sra. Bernardes respondeu com um sorriso. “Tome seu café da manhã.”

Após o café da manhã, ela encaminhou as três crianças para a escola enquanto Carla chamava um táxi para o trabalho.

No táxi, ela espirrava sem parar enquanto o muco continuava pingando de seu nariz. Ela se sentiu muito mal naquele momento. Quando se lembrou de como sofreu ontem, cerrou os dentes com raiva. Ela estava silenciosamente amaldiçoando Zacarias e o gigolô, desejando que fossem impotentes para sempre.

Dentro do Rolls-Royce Phantom, Zacarias espirrou duas vezes e a imagem de Carla passou por sua mente. Droga, peguei um resfriado dela?

“Senhor. Pereira”, relatou Breno “o resultado das investigações de Bruce foi divulgado”.

“Continue!” A atenção de Zacarias ainda estava em seus documentos.

“Paulo deu o chip a uma criança no Super Econômico”, explicou Breno com uma carranca. “A partir das imagens de segurança, a criança tem cerca de três a quatro anos…”

“Procurem pela criança na cidade!”

“Sim.”