Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 411

Enquanto Carla servia as cervejas e anotava os pedidos, de repente avistou alguém que parecia muito familiar. Seu coração quase falhou uma batida ao olhá-lo por trás.

É ele!

Toda vez que Zacarias visitava a Boate Noite Sensual, vestia uma jaqueta de couro preta e cobria o rosto com sua máscara preta única. Mesmo no corredor mal iluminado, sua estatura alta ainda exalava força e poder.

A aura ao seu redor o fazia parecer um deus do submundo.

Mas por que ele está aqui?

Será que está vindo aqui para brincar com as recepcionistas também?

Carla fixou seu olhar nele com emoções confusas. Em um instante, inúmeros pensamentos inundaram sua cabeça.

Só quando Zacarias entrou em sua sala privada de costume, ela virou a cabeça.

“Carla, o que há?”, Olívia bateu no ombro dela de brincadeira.

“Nada. A sala V11 quer um pouco de gelo. Vou buscá-lo”, Carla respondeu, voltando a si.

“Posso ir em seu lugar. Há outro grupo de clientes naquela sala privada ali. Eles acabaram de chegar, então pode ir lá e talvez pegar um ou dois pedidos grandes! Vá em frente! Boa sorte!”, Olívia pegou sua bandeja com um sorriso radiante.

“Hã… tudo bem!”

Carla não pôde deixar de rir enquanto ouvia Olívia. Fazia uma semana que ela havia começado a trabalhar, mas o número de pedidos que recebia no final do dia ainda era o menor entre todas as promotoras ali presentes.

Jéssica a havia lembrado inúmeras vezes de ser dura e dominar a arte de usar as palavras certas para se tornar mais agradável. “Caso contrário, sairá com seu salário base para sempre!”, ela lhe disse.

Mesmo após assistir à demonstração de Jéssica sobre como coagir um cliente a comprar bebidas caras, Carla ainda agia com rigidez. Incapaz de conter sua impaciência por mais tempo, Jéssica deu a Carla um ultimato e disse que seria demitida se seu volume de vendas permanecesse no mínimo naquele mês.

Aquele aviso foi como um tapa na cara de Carla e a fez encarar a realidade. Ela percebeu precisar trabalhar com muito mais dedicação.

Enquanto isso, Olívia aproveitou todas as oportunidades que encontrou para ajudar Carla a conseguir pedidos maiores de clientes mais generosos.

“Como você continua rindo assim? Nós, promotoras, trabalhamos nessas salas privadas porque somos mais educadas do que o resto. Temos muita sorte se pensar sobre isso. Olhe para as nossas colegas promotoras! Elas pegam o jeito de trabalhar aqui em poucos dias, e algumas ganham o suficiente para comprar suas casas em poucos meses! Agora, olhe para você! Já se passaram sete dias e continua no fundo. Será que realmente precisa do dinheiro?”, Olívia franziu as sobrancelhas e balançou a cabeça.

O único problema então era esconder sua identidade dele. Será que ele vai me reconhecer?

Da cabeça aos pés, parecia completamente diferente de antes.

Mesmo para Olívia, era difícil dizer que era Carla, sem olhar para o crachá.

Com esses pensamentos tranquilizadores em mente, Carla finalmente entrou na sala privada.

Zacarias estava recostado no sofá com os olhos grudados no telefone. Parecia estar lendo alguns documentos.

“Gostaria do mesmo licor reservado para você da última vez?”, Jéssica o estava servindo ela mesma porque era um cliente importante.

“Sim, e por favor, traga-nos dois baldes de gelo”, Breno foi quem respondeu.

“Ok. Ei, vá pegar o gelo”, Jéssica disse, dando a Carla um olhar impaciente.

“Entendi”, Carla respondeu suavemente e caminhou até um mini-bar atrás de uma divisória na sala.

Levantando uma sobrancelha, Breno se virou para observar Carla. Havia suspeita e confusão em seu olhar.