Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 484

Zacarias rasgou uma folha generosamente grande e limpou seu braço, bem como as bochechas e lábios encharcados de Aline, que ainda estava profundamente adormecida.

Ele jogou a folha molhada na lixeira não muito longe, acertando perfeitamente de primeira.

Finalmente, suspirou aliviado novamente.

Cuidar de uma criança era um trabalho árduo.

Como Carla conseguia fazer isso todos esses anos?

Uma já era ruim o suficiente, mas três…

Tum!

Algo caiu.

Zacarias virou-se e viu a arma de Jaime no chão ao lado de sua cama. Ele pulou de susto e rolou para fora da cama.

Zacarias esticou a perna para interceptar Jaime. Ele caiu sobre ela e se agarrou como um coala.

Naquele momento, tanto o braço esquerdo como a perna direita de Zacarias estavam ocupados por uma criança. Ele foi forçado a permanecer estático, membros esticados em direções opostas, como uma espécie de artista grotesco.

Zacarias tentou retrair a perna, mas ao menor sinal de movimento, Jaime se agarrou com mais força.

Fez o mesmo com o braço e Aline também se segurou. Bem, isso é ótimo. Ambos estão grudados em mim.

Zacarias ponderou sobre sua situação atual. Se orgulhava de sua capacidade de resolver problemas. No entanto, naquele dia, foi a primeira vez que duvidou de si. São apenas crianças, o quão difícil poderia ser?

Um minuto se passou. Cinco minutos a mais. Dez minutos. Vinte minutos se foram.

Zacarias não sentia nada. No entanto, na marca de uma hora, sua perna começou a endurecer.

Breno estava pronto para entrar e ajudar, mas, quando estava prestes a fazê-lo, avistou Rúbens completamente acordado, encarando Zacarias sem piscar.

Era um olhar de admiração do pequeno rapaz!

Zacarias não estava ciente de que estava sendo observado. Estava profundamente focado em manter o equilíbrio. Ele estava indo bem e quase esqueceu a câimbra na coxa até que Jaime, que estava com o traseiro voltado para Zacarias, soltou um pum. Puf!

Zacarias fechou os olhos e prendeu a respiração.

Oh, meu Deus! Tenha piedade de mim! Que criatura é essa?

Nem me importo que eles usem meus braços e pernas como travesseiros.

Mas babar e soltar pum em mim!

“É fedorento! É fedorento!”, Rúbens não aguentou mais. “Jaime deve ter comido batatas assadas ontem”, ele abanou o ar com as mãos.

“Fedorento!”, gritou Fifi, a papagaia, ao lado da cama de Jaime, e bateu as asas.

Aline virou-se e começou a soluçar novamente. Soltando o braço de Zacarias, esfregou os olhos molhados de lágrimas.

“O que há de errado?”, Zacarias perguntou gentilmente, com medo de tê-la deixado desconfortável.

“Ignore-a. Ela tem um temperamento difícil”, disse Rúbens, cutucando Amélia para acordá-la.

Amélia ficou horrorizada. Correu para lá em pânico e arrancou Jaime de Zacarias. “Sr. Pereira, você está bem?”, perguntou nervosamente.

“Estou bem”, respondeu Zacarias, tentando se levantar antes de perceber que estava todo enrijecido.

Ciente de que Rúbens ainda o observava, saiu dali, desesperado para manter alguma dignidade.

“Tio Zaca”, Rúbens chamou-o assim que chegou à porta.

“Sim?”, ele se virou para falar com o garoto.

“Obrigado!”, disse Rúbens suavemente. Não era muito, mas para Rúbens passar de suspeito e desconfiado para caloroso e grato, significava o mundo para Zacarias.

“De nada”, Zacarias sorriu com prazer genuíno. “Descanse bem!”

Com isso, saiu pela porta. Assim que a fechou, seu rosto se contorceu de dor. Deu tapinhas suavemente nas coxas para fazer o sangue circular novamente.

“Sr. Pereira, você está bem?”, Breno correu para apoiá-lo.

“Estou bem”, respondeu Zacarias bruscamente, muito orgulhoso para mostrar fraqueza. “Quando é que não estou bem?”

“Não é fácil criar crianças, hein?”, Breno sorriu. “Especialmente três de uma vez.”

“O que não é fácil nisso?” Zacarias estava de mau humor. “Três pestinhas? Moleza.”

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