Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 61

“Você é o único que vai morrer!” Zacarias disse friamente, como se fosse a própria Morte.

“O-O que está falando?” Vanderlei perguntou, quase largando a adaga com medo.

Zacarias não se moveu nem um centímetro de sua posição na porta, mas a mão de Vanderlei segurando a adaga já tremia incontrolavelmente.

Antes que Vanderlei pudesse reagir, Zacarias semicerrou os olhos e arrancou a adaga de sua mão, depois o prendeu rapidamente no chão antes que ele pudesse reagir.

Com um ‘estalo’ alto, seu pulso se partiu em dois. O grito que se seguiu podia ser ouvido em outros andares.

“Como ousa ameaçar o Sr. Pereira!” Breno berrou enquanto arrastava Vanderlei como um cachorro moribundo.

Carla, por outro lado, estava à beira do colapso.

Apenas alguns segundos antes de sua cabeça bater no chão, duas mãos a estabilizou e a puxou para longe do chão frio e duro. Através de seus olhos semicerrados, ela conseguiu distinguir as características bonitas de Zacarias Pereira pouco antes de tudo ficar preto.

“Chame o médico!”

“Sim, senhor!”

Depois do que pareceram séculos, Carla acordou atordoada, apenas para perceber que estava deitada em uma cama rígida em um quarto que mal tinha decoração.

Havia um símbolo 'S' na luminária presa ao teto, no mesmo instante ela compreendeu seu significado.

É o símbolo do Zacarias! Estou no quarto dele?

Ela se sentou com muito esforço e percebeu que suas roupas haviam desaparecido, substituídas por um fino manto branco.

A perceber isso, ficou chocada e com a cabeça girando.

Ah, não! Onde está o chip? Será que Zacarias achou ele?

“Você está acordada?”

Uma voz gentil fez Carla pular em choque.

Ela olhou para cima para ver uma médica entrando na sala com um carrinho de remédios. A médica passou a verificar sua temperatura e os ferimentos em seu corpo. “O ferimento não está infectado, o que é um bom sinal. No entanto, vou ter que monitorá-la por mais alguns dias antes que possa ir.”

“Quem é você?” Carla perguntou, confusa.

“Sou Regina Lângaro, a médica da família Pereira”, ela respondeu com um sorriso. “O Sr. Pereira me disse para cuidá-la por enquanto.”

Carla paralisou, desacostumada com o tom respeitoso de Regina. Ela se lembrou de como todos a tratavam de maneira semelhante quando estava namorando Heitor. Naquela época, a família Ribeiro também tinha um médico particular para cuidar dela sempre que adoecia.

Ela olhou para o uniforme, colocado em uma pilha arrumada no carrinho que Regina estava empurrando.

“Espere…Sou apenas uma guarda de segurança!” Ela gritou, ao tentar sair da cama, mas gemeu de dor e caiu de volta.

Seu pescoço estava firmemente enrolado e preso no lugar por um protetor de pescoço, enquanto seu ombro esquerdo ficou imóvel pela espessa camada de ataduras nele.

“Não se mexa!” Regina disse, correndo para ajudá-la. “Sua veia jugular ainda estava intacta, mas o ferimento é profundo. Precisa descansar.”

“Minhas roupas…” Carla disse, estendendo a mão e pegando seu uniforme.

“Pedi a alguém para lavá-las”, disse Regina, colocando as roupas e uma pequena bolsa de plástico ao lado do travesseiro. “Seus pertences pessoais também estão aqui. Há algo que perdemos?”

Carla notou a minúscula caixa-preta na bolsa e a agarrou imediatamente. “Checou meus pertences por acaso?”

“Claro que não”, disse Regina, rindo. “Não invadimos a privacidade de nossos estimados hóspedes.”

“Então, e o Diabo — quero dizer, o Sr. Pereira?” Ela perguntou enquanto seu coração batia forte contra o peito.

Ele pensará que sou um daqueles bandidos ladrões de chip…Serei morta!

“O Sr. Pereira saiu assim que te deixou aqui”, disse Regina com um sorriso respeitoso. “Ele voltará à noite.”

Carla suspirou aliviada e quase pulou quando ouviu alguém se aproximar da porta. “Bem-vindo de volta, Sr. Pereira!”

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