Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 76

No momento em que Carla entrou na casa, Fifi voou para seus braços e a deixou sem fôlego. “Mamãe, Mamãe!”

“Senhorita, finalmente voltou.” A Sra. Bernardes jogou o esfregão e correu até ela. Ela agarrou o braço de Carla e disse com lágrimas nos olhos: “Oh, minha pobre querida, deixe-me ver onde te machucaram!”

“Foram apenas alguns ferimentos, nada sério… Ai!”

Carla fez menção de abraçar a Sra. Bernardes, mas uma dor forte no ombro a impediu de fazê-lo. Ela olhou para baixo e estremeceu.

“Mamãe, aguente firme!”

Fifi voou para pousar no cabelo de Carla, cutucando a cabeça da mulher com a sua cabecinha verde, para confortá-la.

“Fifi, minha querida!” Carla estendeu a mão e deu um tapinha na cabeça da papagaia.

“Sente-se, vamos!” A Sra. Bernardes conduziu Carla em direção ao sofá e a sentou. “Pobre garota. Já faz tantos dias! Por que seus ferimentos não cicatrizaram completamente?”

“Esta tudo bem. Eles estão começando a sarar.” Gotinhas de suor apareceram na testa de Carla. “Sra. Bernardes, estes são os remédios e suplementos vitamínicos que a médica me deu. Poderia me ajudar a guardá-los? Trocarei de roupa no meu quarto.”

“Tem certeza de que consegue se virar sozinha? Posso ajudá-la a se trocar.” A governanta parecia incerta.

“Não, está tudo bem. O ônibus escolar chegará em breve. Por que não busca as crianças?”

“Ah, certo. Minha memória está piorando a cada dia. Irei assim que guardar essas sacolas de remédios.”

A Sra. Bernardes ajudou Carla a voltar para o quarto antes de ir guardar tudo. Depois, ela desceu as escadas com Fifi para pegar as crianças.

Carla vestiu uma roupa caseira com muita dificuldade. Quando estava prestes a tomar um gole de água, seus filhos correram para a casa e começaram a chamar entusiasmadamente: “Mamãe, mamãe, mamãe!”

“Olá, meus queridos!” Exclamou ela. As três crianças correram felizes para seus braços, batendo em seus ferimentos no processo. Ela teve que morder o lábio com força para se certificar de que não gritaria de dor.

“Oh meu Deus, crianças, sejam mais gentis!” A Sra. Bernardes advertiu. “Sua mãe…”

“Está tudo bem, está tudo bem.”

Carla olhou para a Sra. Bernardes, avisando-a para não informar seus filhos sobre os ferimentos dela.

“Mamãe, por que está suando tanto? Está se sentindo desconfortável?”

Rúbens, o mais velho deles, era um excelente observador. Ele franziu a testa quando percebeu haver algo estranho com sua mãe.

Carla trancou a porta de seu quarto atrás dela depois que saíram. Quando se olhou, percebeu que suas roupas estavam completamente encharcadas de suor.

Ela não teve escolha a não ser ir ao banheiro e se limpar antes de vestir outras roupas…

Naquele momento, uma pancada alta soou quando alguém bateu violentamente na porta da frente.

“Quem está aí?” A Sra. Bernardes gritou. Quando ela abriu a porta para ver quem era, ela soltou um grande suspiro. “É você! O que está fazendo aqui novamente?”

“Por que não posso estar aqui?” Era a voz de Amanda.

Carla se apressou para colocar suas roupas. No entanto, devido a seus ferimentos, levantar a mão exigiu muito esforço. Ela conseguiu colocar a camisa após lutar por um longo período.

“Senhora, por favor saia. Não queremos nenhum problema por aqui.”

“Quem diabos pensa que é para falar comigo assim?” Amanda gritou, com uma expressão arrogante na cara. “Onde está Carla? Diga a ela para sair e falar comigo agora.”

“Senhora…”

As crianças saíram correndo da cozinha quando ouviram a confusão. Ao verem Amanda furiosa parada na porta, eles gritaram: “Quem é você? Por que invadiu nossa casa e como se atreve a se comportar de forma tão indelicada?”