Contrato de Amor(Completo) romance Capítulo 8

Jared estava impaciente esperando por Jessica em frente a casa dela quando a viu saindo. Ela tinha prendido o cabelo em um coque e vestia um vestido preto, o qual exaltava a beleza dela.

–Vamos? – Jessica disse tentando controlar-se, nunca tinha visto Jared daquela forma. Ele usava uma calça de linho bege, com uma camisa azul claro e um blazer azul marinho, bem escuro. Ele está lindo, pensou.

–Está atrasada.

–Eu tenho relógio em casa, mas obrigada por compartilhar a noticia. – falou entrando no taxi.

–Por que vamos de taxi? – perguntou há ele minutos depois – isso tudo é preguiça de dirigir é?

–Você tem algum neurônio dentro de sua cabeça? – perguntou irônico – vamos de trem. É menos conturbado.

–Você fala como se fosse à pessoa mais inteligente do mundo. – continuou baixando o tom de voz – tão inteligente que precisa de uma namorada falsa pra enganar a mãe.

–Eu ainda estou escutando. – falou frio – e não preciso de uma namorada falsa, quero apenas uma distração para ela. É diferente.

–Esqueci que vocês advogados gostam de eufemismo.

–Ora... sua... – começava a mostrar irritação – você também não esta longe disso, afinal ainda não contou a sua família sobre o fim de seu noivado.

–Já contei – falou simplesmente atraindo a atenção dele. – o que? Você achou que eu iria mentir a vida toda? Não sou como você.

–Ta bem – falou sorrindo – quem descobriu?

–Hã?

–Você não aparentava ter coragem pra contar, alguém descobriu. Foi a sua mãe? Ou a sua irmã?- ao ver a expressão dela ao falar na irmã, percebeu que tinha acertado – então alguém na sua família tem inteligência. Estava achando que a burrice era hereditária.

–Ei! Como se atreve a dizer isso?

–Apenas narrando os fatos.

–Você é tão maravilhoso e inteligente que nem namorada tem e ainda tem que pagar a alguém para ser a sua falsa namorada. – parou como se estivesse pensando – realmente, você é tão inteligente – disse irônica.

–Pelo menos não sou um gastador compulsivo que assina um contrato com alguém, e ainda utilizando as suas próprias palavras, um desesperado e por apenas cinco mil libras.

–Está narrando muitos fatos sem necessidade, senhor Hunt – falou fazendo uma careta olhou para frente e viu que o motorista do taxi encontrava-se rindo – escutou algo engraçado senhor? – perguntou indignada olhando para ele – é muito feio ficar escutando a conversa dos passageiros.

–Me desculpe senhora, mas foi impossível não rir com a conversa de vocês. – admitiu rindo ainda.

–Eu tenho cara de comediante por acaso? – Jared se referiu ao homem – era o que me faltavam, ficar fazendo graçinha para o motorista do taxi.

–E quem é a senhora aqui hein? – Jessica começava a aumentar o tom de voz – eu sou senhorita. Por acaso tenho cara de velha é?

–Na verdade tem sim. – Jared falou segurando o riso – deixe o pobre homem em paz.

–Ei! Eu não pareço ser velha, quero dizer, eu não sou velha. Você que é um fedelho.

–E desde quando um homem com vinte e seis anos pode ser considerado um fedelho, senhora? – Jared perguntou a provocando.

–É considerado um fedelho quando não é homem o suficiente para tratar de seus problemas e acaba mentindo pra família.

–Se eu me lembro bem, você também fez isso – olhou com curiosidade para ela – então a senhora é alguma fedelha de trinta anos? Isso deve ser bem raro.

–Você me deve mais respeito, sou mais velha que você. Seu fedelho...

–Chegamos – o motorista do taxi os interrompeu rindo.

–Obrigado – Jared falou entregando o valor da corrida e virou-se para Jessica – agora se comporte como uma boa senhora. – disse saindo do carro.

–Esse cara deve ter algum problema, nunca vi ninguém ter um complexo de príncipe tão grande quanto ele.

No trem, Jessica sentou-se ao lado de Jared tentando permanecer em silencio a viagem toda, mas ao olhar para o lado e ver Jared cochilando resolveu levantar-se um pouco. Ficou sentada no vagão do bar/restaurante enquanto olhava pela janela, apreciando a paisagem.

Jared abriu os olhos lentamente e ao olhar para o lado não encontrou Jessica. Suspirou resignado levantando-se da poltrona dele.

–A que fui me rebaixar, agora sou encarregado de caçar senhoras pelo trem – falou enquanto procurava por Jessica.

Jared não demorou a encontrá-la, ela estava sentada no vagão do bar, preferiu não aproximar-se dela. Sentou-se em outra mesa e pediu um drink. Estava tão distraído que não percebeu a aproximação de uma mulher.

–Olá – a mulher desconhecida falou sentando-se na mesa dele – posso me sentar com você?

–A senhorita já esta sentada – falou a olhando de cima a baixo.

–Meu nome é...

–Com licença – Jared falou levantando-se e indo em direção a mesa de Jessica, sentando-se de frente para ela sem falar nada.

–O que está fazendo aqui?

–Nada – respondeu e continuou a tomar o seu drink quando percebeu a mulher de antes parada ao seu lado.

–Você esqueceu isso na mesa, querido – falou colocando um guardanapo em cima da mesa com o telefone dela – Até mais. – disse saindo.

Jared pegou o guardanapo, sem olhar e o amassou deixando-o de lado.

–Realmente existem mulheres loucas – Jessica falou olhando para o papel – se interessar por alguém como você é a mesma coisa que admitir a própria loucura.

–Eu estou escutando sabia?

–Eu sei, era para você ter escutado mesmo – disse sorrindo – você deveria ir atrás dela, não é todo dia que você tem a sorte grande de ter alguma mulher interessada em você.

–A senhora está muito animada. – olhou sério para ela – espero que se comporte hoje e alem do mais posso ter a mulher que eu quiser.

–Ter quem quiser? Percebo – disse irônica - Eu sou uma senhora muito bem comportada – disse sorrindo cinicamente mudando de assunto – mas eu não vou ter que fazer cenas de ciúmes não, né?

–Como?

–Se algo assim acontecer – disse apontando para o papel amassado – eu não vou fazer cena de ciúmes, isso não estava no contrato.

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