POR Sophia Carson
Não fingimos estar tudo bem, nem tão pouco ignoramos os olhares curiosos, ao contrário, seguimos para o andar da presidência cientes de todas as fofocas e teorias loucas que inventariam tão rápido quanto pudessem. E como o esperado, me privaram do fórum oculto no qual todos os empregados de classes mais baixas trabalhavam.
Não me importou, porque cedo ou tarde ouviríamos as conversas paralelas nos corredores.
— Certo. Uma agenda nova, com seus horários novos para se ajustar ao desse pequeno. — Digo anotando na memória e esticando os braços para pegar Seth.
Consigo pegá-lo, mas o noto se agarrar mais ao pai. É inacreditável e ao mesmo tempo muito fofo, então olho para o CEO, imaginando se posso deixá-lo com ele.
— Parece que finalmente estou no controle. — O maior comemora com se estivéssemos em uma competição.
— Tudo bem. — O sorrio aliviada. — Ele é todo seu.
Era certo que nos conhecíamos a poucos dias, mas eu já tinha aquele pequeno enraizado em meu peito. Entretanto não irei mentir, eu precisava mesmo de um descanso. Como o CEO lidaria com a cria, seria algo que eu morria por assistir de camarote.
— Já vou lhe informar a agenda, senhor e se precisar de algo toque o interfone. — Disse abrindo a porta de sua sala.
Era quase cômico vê-lo ocupado com a mala e levando o bebê nos braços. No entanto bastou meia hora mais tarde para que o CEO se arrependesse.
— Srta. Carson, venha pegar esse monstrinho e traga uma camisa limpa. — A voz do CEO pelo interfone já deixava claro, que nosso "anjinho" já o havia tirado da casinha.
— Claro. Estou indo. — Respondi rindo.
Peguei a camisa embalada na gaveta de minha escrivaninha, inspirei fundo para conseguir conter a vontade de rir e entrei no escritório.
— Senhor ... — Murmurei abalada por tamanha mancha de vômito na camisa do CEO.
— Você se superou. — Digo sem poder conter a vontade de rir.
— Vai, passa logo. — Ele dizia pedindo a camisa limpa.
Olhei em meu relógio de pulso, preocupada com quê não pudéssemos encontrar alguém com que o bebê pudesse ficar, ao menos enquanto estivéssemos na reunião.
Outra vez, correndo contra o tempo como de costume, pelo menos não estava sozinha e não deixaria que o CEO jogasse tudo em cima de mim.
— Não devia ter colocado tudo pra fora na camisa do papai. — Peguei o bebê o limpando o quanto podia, mas em seguida devolvendo ao CEO.
— Não incentiva Sophia!
— Não preciso incentivar, ele é tua cara. Com todo o respeito chefe. — Digo dando de ombros.
— Preciso trocar a camisa, como faço isso com ele em cima de mim?
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