POR Sophia Carson.
Em duas horas de interrogatório, não fiz progresso algum. O idiota de meu chefe apenas repetia a mesma coisa para tudo que eu o perguntava. "Eu não sei".
— Então recapitulando… — Tomei fôlego, relembrando. — Você chegou em casa e ele estava adormecido no carrinho. É isso?
— Exatamente. — Concordou esfregando as têmporas.
— Já checou as câmeras de segurança? — Peguei o telefone de sua mão, vendo as últimas mensagens e emails.
Poderia parecer óbvio, mas achei que talvez lhe tivessem avisado de alguma forma e simplesmente o inútil não soube ler uma notificação. Como muitas outras vezes que chegaram a ocorrer. Porém parecia não ser uma situação simples como outros mal entendidos.
Não encontrei nada, mesmo depois de revisar os últimos duzentos e-mails e ao fim, tive de aceitar.
Aquele poderia ser provavelmente um filho ilegítimo de Samuel Heughan. Caso contrário, por que uma mãe se daria o risco de deixar o filho com um estranho, sem mais nem menos?
— Há uma passagem para famosos na parte de trás, com um elevador. — Ele respondeu se levantando e tomando o telefone de minhas mãos.
Pareceu trocar um par de mensagens com alguém no whatsapp, e depois seu rosto se fechou em frustração. Olhei de esgueio e visualizei a resposta. "Sentimos muito Sr. Heughan, não há câmeras na saída dos fundos." Escreveram, e a resposta não era a que ele queria.
Sentou-se no sofá de volta e encarou o pequeno que estava gugunando em meu colo, a todo momento exigindo minha atenção com alguns balbucios em muitas das vezes inteligíveis.
— Tome. — Tentei dar a chupeta ao garoto e depois de sua agitação diminuir, voltei a falar com meu chefe. — Era alguém que te conhecia e também acho que você pode ter algo haver com esse pequeno.
— Não, eu não posso.
— Pense um pouco, senhor. Ele deve ter mais ou menos uns três meses, isso dá quase um ano atrás, com quem você andava nessa época? — Questionei, mas só serviu para atiçar ainda mais sua inquietude.
— Não importa se ele tem ou não algo haver comigo, não posso e não quero ter nada haver com ele! — Gritou.
Entendia sua frustração, mas ele não podia simplesmente gritar e esquecer que a criança não tinha culpa por nada.
Peguei-o no colo e tapei os ouvidos do menor, fazendo algumas caretas e o deixando distraído para poder conversar com o CEO insuportável mais tarde. Quando percebi que este já estava adormecendo novamente, então voltei minha atenção ao maior.
— Vai se acalmar agora, ou saia. — Disse apontando para a porta de saída do apartamento. — Dê uma volta e quando estiver mais calmo volte para resolver isso.
— Eu ...
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