O comentario.
POR Samuel Heughan.
Depois de tomar uma ducha quente, escovar os dentes e vestir-me, saí do quarto para a cozinha, encontrando um dos guardas entregando algumas sacolas para a Srta. Carson.
— Obrigada Molder. — Ela disse agradecida ao segurança.
— Não tem de quê senhora. — Ele lhe deu um sorriso gentil e saiu.
De verdade me deixava louco o modo como ela conseguia se socializar com tanta rapidez, mas deixando aquilo de lado, minha atenção se voltou para o garoto que armava um alboroto na sala.
— Que bagunça é essa? — Digo ao ver toda a minha decoração contrastando com fraldas, roupas atiradas para todos os cantos e mamadeiras sobre a mesa de centro.
Eu queria sumir com menino, pendurar a secretária e amaldiçoei quem teve a ideia de girino de deixá-lo em meu apartamento.
— Senta, vamos tomar o café da manhã e discutiremos o que fazer depois. — Ela disse tirando algumas caixinhas transparentes e uma garrafa de suco de laranja da sacola.
— O quê tem aí? — Perguntei chegando mais perto do balcão.
— Pão na chapa, têm também iogurte natural com frutas. — Ela separou no lado direito do balcão. — Suco de laranja e leite.
Aceitei o iogurte com frutas e o suco de laranja para então me concentrar em comer e deixar de agonizar ao menos por alguns segundos que fosse. Em uma tentativa falha de engolir os pedaços de frutas, terminei quase asfixiado.
Sendo sincero, aquele era o último assunto com que eu gostaria de lhe dar, já que até o presente momento não havia tido qualquer solução para o "probleminha" babando a minha frente. Inclusive começará a arrancar alguns pobres fios de cabelos inocentes, não conseguia mais olhar a criança sem ter uma crise de ansiedade.
— O quê eu vou fazer? — Perguntei-lhe, ciente de que minha voz aparentava meu desespero.
— Um teste de paternidade. — Ela respondeu, logo em seguida abocanhando o pão e depois de um tempo, um gole do suco.
— Está brincando?
— Não, é o mais lógico, não acha?
— Se eu fizer isso, toda a capital irá saber e estará em todos os jornais.
— E você pretende fazer o quê?
Não conseguia raciocinar direito, então a segui quando ela se levantou do balcão com o bebê nos braços.
Permaneci em modo aéreo a vendo dar banho, trocá-lo e por fim penteá-lo enquanto recebia sorrisos banguelas do menor.
Como ela tinha o controle dele, era algo que não conseguia entender, mas por alguns instantes enquanto acompanhava a cena, senti inveja. Nunca tive alguém que me cuidasse daquela forma, nunca fui apegado a minha mãe e odiava profundamente meu pai. De toda a minha família, apenas Victor, meu primo, era próximo de mim.
A nostalgia pelas memórias e emoções que voltam a minha mente, tomam-me e sem pensar um pensando escapa por minha boca em voz alta.
— Não vai me deixar, vai?
Em um silêncio constrangedor, eu me esgueirei atrás dela, quem se sentava ao pé da cama mexendo no smartphone e parecendo totalmente concentrada. Percebi que o tópico de sua pesquisa era o DNA e as clínicas mais próximas do condomínio.
— É agora que vamos? — A questiono depois de ver que ela termina sua pesquisa.
— Encontrei uma clínica que parece ser muito boa e discreta, mas não podemos ir hoje.
— Não era você quem estava me apressando, o quê mudou? — Cruzei os braços a encarando.
— Mudou que vocês, rapazes, estão de banho tomado e limpinhos. Eu estou com a maquiagem desfeita, a roupa do dia anterior e nem mesmo consegui escovar os dentes. — Ela enumera as diferenças nos dedos.
— Certo, já entendi.
Peguei as chaves do carro e fiz um sinal para que ela pegasse o pequeno e fôssemos.
— É sério?
— O quê? Vamos passar em sua casa primeiro, você se troca e depois podemos ir.
— Senhor ... — Ela parou respirando fundo. — Acha mesmo que é tão simples?
— Não é?
— Não. Deve primeiro instalar uma cadeirinha, certificar-se de levar uma criança bem agasalhada porque com o frio que faz hoje lá fora, sem dúvida iremos matá-lo. — Rebateu.
Olhei para o menino. As roupas mais grossas com que ele havia chego estavam para lavar e demorariam um tempo a secar. Tempo esse que atrasaria meu dia e toda a agenda da empresa.
— Tem alguma ideia?
— Tenho sim. — Ela parou por um momento exibindo o sorriso do tipo vingativo. — Vou chamar um táxi pra mim e vocês me aguardam aqui.
O quê ela estava pensando?
Me deixar sozinho com o bebê?
— Não mesmo. — Disse agarrando meu telefone.
Com algumas trocas de mensagens entre mim e a coordenadora do prédio, Érica se ofereceu de bom grado para buscar tudo o que fosse necessário e mais urgente.
Tirei uma foto deles a enviando e por sorte a coordenadora também era avó, saberia exatamente o que nos trazer para o bebê.
Quando dei por mim, Sophia havia desaparecido do meu campo de visão. Olhei para os lados em reflexo e acabei com meus lábios roçando em sua bochecha. Ela estava atrás de mim, com o corpo apoiado nas costas do sofá e reclinando de forma que seu rosto estivesse colado ao meu.
— Você incomodou uma senhora, para não ficar com a responsabilidade sozinho? — A pergunta era em tom acusatório.
— Não, eu só pensei no menino. Ele gosta tanto de você, para quê separá-lo da mãe?
— Em primeiro lugar, não incentive. — Ela voltava a sua posição ereta e claramente irritada. — Em segundo, se ele for seu, meu trabalho será no escritório, sinto muito por ele, mas não sou babá.
Se o pirralho fosse realmente meu, provavelmente seria a pior opção para ele. Era melhor deixá-lo em um orfanato ou arranjar alguma tutora para passar a guarda.
Enfim, qualquer coisa, mas longe de mim.
UM NOME PARA O BEBÊ
POR Sophia Carson
Enquanto aguardávamos pela entrega, eu pensava a respeito da pergunta a meia hora atrás.
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