De Volta para o Amor Perdido? Que Bobagem! romance Capítulo 213

Naquela pintura, apenas a expressão da rainha era de tristeza.

Edson Ferreira empurrou mais uma pintura.

Ele havia desenhado com giz de cera uma rainha de vestido rosa segurando a mão da filha, saindo do castelo, mas o rosto da rainha irradiava uma alegria luminosa.

Luciana Rocha pegou a terceira pintura que Edson Ferreira lhe entregou.

Nesta pintura, a rainha estava de mãos dadas com a menina, encontrando outro rei, ao lado do qual havia um menino.

O rei segurava um anel de diamante, propondo casamento à rainha.

Um som suave de papel sendo empurrado, e Edson Ferreira deslizou a quinta pintura por debaixo da porta.

Na pintura, a rainha formava uma nova família com a filha e o novo rei, mas seu rosto mostrava uma expressão de perplexidade e confusão.

Edson Ferreira tinha um talento incrível para a pintura; com alguns traços simples, ele conseguia capturar expressões humanas de forma impressionante.

Luciana Rocha estava sentada no chão, encostada na porta.

Em suas mãos, ela segurava as cinco pinturas de Edson Ferreira e uma folha de papel onde estava escrito: "Eu não quero que você seja minha mãe."

Os olhos de Luciana Rocha se encheram de lágrimas, e ela sentiu uma onda de emoção.

Eu não quero que você se torne minha mãe, não quero vê-la entrando novamente em uma família, se tornando mãe de outra criança, com mais um peso sobre seus ombros.

Mas ele fez tantas pinturas para ela, provando que Edson Ferreira gostava dela.

Ele gostava tanto que não queria machucá-la nem um pouco.

Quando Edson Ferreira percebeu que também poderia colocar Luciana Rocha em uma situação difícil, sua primeira reação foi se afastar o máximo possível dela.

Será que se trancar no quarto impediria Luciana Rocha de repetir os mesmos erros?

Luciana Rocha virou a cabeça e viu Glauber Ferreira apoiado no braço da cadeira de rodas, vindo em sua direção.

"Por que está sentada no chão?"

Ele se aproximou dela, abaixando-se para perguntar.

Luciana Rocha mostrou a Glauber Ferreira as pinturas que havia recebido.

"Edi é um menino inteligente e que desperta compaixão."

Luciana, quero ver você crescer espinhos afiados novamente, quero ver você se destacar entre a multidão!"

Glauber Ferreira devolveu as pinturas de Edson Ferreira a ela, "Você não precisa ser mãe de ninguém, nem esposa, nem nora.

Você deve ser você mesma, viver apenas para seus próprios sentimentos."

O silêncio dominava o ambiente. Após Glauber Ferreira chegar em sua cadeira de rodas, Diego Serra não conseguia deixar de se preocupar com Luciana Rocha e decidiu segui-lo para verificar a situação.

Ao ouvir as palavras de Glauber Ferreira, Diego Serra parou de imediato.

Luciana Rocha olhou para Glauber Ferreira, seus olhos brilhavam intensamente.

Ela expressou sua gratidão, "Eu sei, professor, que você também gosta de mim."

Era um sentimento que não se baseava na posse, mas sim em pura admiração e amor.

A garganta de Glauber Ferreira se moveu ligeiramente, suas emoções intensas e sinceras tinham uma força gravitacional capaz de capturá-lo no vasto universo.

Nesse momento, a porta se abriu e Edson Ferreira, com as mãos no puxador, espiou pela fresta da porta.