De Volta para o Amor Perdido? Que Bobagem! romance Capítulo 431

Ele pretendia ficar no quarto do hospital, ao lado de Luciana Rocha, até que ela acordasse.

Mas ao perceber que a presença dela, ainda adormecida, o levava a ações impulsivas, Glauber Ferreira rapidamente apertou o botão no braço da cadeira de rodas.

A cadeira de rodas elétrica que ele usava incorporava a mais recente tecnologia da época.

A cadeira se virou, levando-o para fora do quarto.

Ele abriu a porta, e a cadeira parou na entrada. Glauber Ferreira olhou uma última vez para a mulher deitada na cama.

Esse olhar, um momento eterno.

Normalmente, ele parecia trancado em uma redoma de vidro, como um ser celestial sem emoções, que apenas passava pela Terra antes de retornar ao céu.

No entanto, naquele instante, ao ver Luciana Rocha diante dele, mesmo inconsciente, as emoções há muito reprimidas em seu coração vieram à tona.

Foi nesse momento que o rosto impecavelmente belo de Glauber Ferreira ganhou vida.

Mas essa foi apenas uma breve indulgência.

No instante seguinte, uma camada de indiferença voltou a cobrir seus olhos profundos.

Ele se virou e saiu na cadeira de rodas, como se nunca tivesse estado ali.

*

À noite, no túmulo da família Ferreira:

Leandro Ferreira, Eduardo Ferreira e Dona Letícia Alves Ferreira estavam ajoelhados.

Ficar ajoelhado por muito tempo causaria problemas de circulação.

Especialmente para Eduardo Ferreira, que, após um grave acidente de carro, não podia ficar ajoelhado por muito tempo e agora estava praticamente sentado sobre a almofada.

Além disso, o túmulo era exposto ao vento em três lados, e, apesar do casaco grosso que usava, sua cabeça sentia o frio cortante.

Mas foi informada pelo assistente de Glauber Ferreira que deveria ir ao túmulo e ajoelhar-se.

Letícia Alves Ferreira estava decidida a não ir, mas Bruno Ferreira, de alguma forma, a forçou a ir para o túmulo e a ajoelhar-se.

"Vovó, quanto tempo mais teremos que ficar aqui? Eu quero brincar com meu Lego!"

Dudu já não queria mais voltar para o tapete. Para ele, o salão ancestral sempre foi entediante. Antes, ele brincava e se metia em confusões com outras crianças da mesma idade da família Ferreira e até já havia sido repreendido algumas vezes.

Claro, os mais velhos da família Ferreira só repreendiam as outras crianças. Afinal, Dudu era o futuro herdeiro da família Ferreira, e os mais velhos da casa, ao vê-lo, apenas sorriam amorosamente, tentando agradá-lo.

Letícia Alves Ferreira realmente sentia pena de seu neto. "Vá brincar de Lego, querido. Seus tios estão loucos, se preocupando com crianças de fora e perturbando você."

"Legal!" Dudu levantou-se animado, saindo dos braços de Letícia Alves Ferreira.

Ao se virar, ele viu Glauber Ferreira sentado em uma cadeira de rodas, como um imperador majestoso, surgindo silenciosamente atrás de Letícia Alves Ferreira.

Naquele momento, Letícia Alves Ferreira não tinha ideia de que Glauber Ferreira já estava ali.