De Volta para o Amor Perdido? Que Bobagem! romance Capítulo 457

Leandro Ferreira estava prestes a enlouquecer. Agora, ele estava sob vigilância 24 horas pelos homens de Glauber Ferreira, e ele tinha certeza de que, assim que descesse a montanha, iria encontrar quem o havia espancado!

"Vocês me aguardem!" Leandro Ferreira já havia anotado mentalmente o comportamento dos seguranças enviados por Glauber Ferreira. Eles não estavam protegendo sua segurança, então que tipo de segurança era essa?

"Sr. Leandro, somos homens do Sr. Glauber. Se nos punir, isso seria um desrespeito ao Sr. Glauber."

Leandro Ferreira respirou fundo. "Quando eu descer a montanha, vou fazer meu tio saber que vocês não protegeram minha segurança."

Os seguranças, sem escolha, responderam: "Sr. Leandro, sua segurança pessoal não está em nosso escopo de responsabilidade. O Sr. Glauber nos instruiu apenas a vigiar você. Enquanto você não morrer, estamos cumprindo nosso dever."

Leandro Ferreira ficou sem palavras.

Após a surra no vestiário, ele estava ainda mais sujo e não queria tomar banho ali, temendo que aqueles brutamontes voltassem quando estivesse nu, cobrindo seu rosto e atacando-o novamente. Seria ainda mais vergonhoso.

Imaginem só, o presidente do Grupo Ferreira, em uma situação dessas.

Leandro Ferreira encheu uma bacia com água e voltou para o quarto. Molhou a toalha, torceu-a e começou a limpar o corpo.

O tempo todo, o homem mantinha as sobrancelhas franzidas. Desde que nasceu, ele nunca havia passado por algo assim.

Ele queria se limpar várias vezes, mas ao mover o braço, sentia dor nos locais onde fora espancado.

"Ah!" Leandro Ferreira fez uma careta de dor.

Sem aguentar mais, ele teve que se limpar de forma descuidada.

Depois, trocou de calças, vestiu-se com uma limpa e sentou-se na cama. Enfiou a mão debaixo do travesseiro e tirou um estetoscópio.

A luz do sol passava pelas frestas das grades, iluminando o homem de torso nu, destacando o leve sorriso em seus lábios.

Se alguém passasse por ali e o visse encarando um estetoscópio, acharia estranho.

O que havia de tão especial em um estetoscópio?

Mas Leandro Ferreira achava-o fascinante.

Ele se lembrou de Luciana Rocha usando aquele estetoscópio para pressionar seu pescoço.

Quando a sensação de sufocamento chegou, o calor subiu à sua cabeça, seu sangue ferveu, os músculos ficaram tensos e tudo nele parecia endurecido.

Leandro Ferreira engoliu em seco, tentando controlar a expressão no rosto.

Qualquer decisão tomada por Glauber Ferreira, certamente tinha sua razão de ser.

"Excelentíssima Diretora Luciana, por favor, sente-se."

Os distintos senhores, acostumados a situações de grande magnitude, apesar das dúvidas que pudessem ter, mantiveram expressões afáveis ao convidar Luciana Rocha a se acomodar.

Luciana Rocha, sem cerimônia, sentou-se e começou a explicar o motivo de sua visita aos ilustres presentes.

"A QuânTech está colaborando com a prefeitura em um projeto digital, e eu sou a responsável por ele. Hoje, vim especialmente convidá-los a visitar a sede da QuânTech para inspecionar os resultados preliminares deste projeto."

Assim que Luciana Rocha terminou de falar, um brilho semelhante a ondas foi perceptível nos olhos profundos e serenos de Glauber Ferreira.

Ele compreendeu que o pedido de Luciana Rocha para apresentá-lo ao pessoal da prefeitura estava relacionado a esse assunto.

Lembrando que Helena Lopes havia telefonado mais cedo, pressionando Luciana Rocha para ir trabalhar na QuânTech, ele cogitou que, se Helena Lopes estivesse armando uma cilada, Luciana Rocha levaria os representantes da prefeitura direto para ela.

O olhar de Glauber Ferreira cruzou com o de Luciana Rocha, e os dois trocaram um sutil entendimento mútuo.

Glauber Ferreira hesitou por um momento, ciente de que estavam pensando a mesma coisa.