Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 1019

"Hum, papai cuida de você," disse o Sr. Neves, entregando a Isadora o primeiro mimo do ano, um presente generoso.

"Meu pai é mesmo incrível," Isadora disse, abraçando-o.

Filomena entrou na cozinha naquele momento e, ao ver o carinho entre pai e filha, resmungou: "Vocês estão cozinhando ou conversando? Dra. Isadora, se quiser ajudar, vá trocar de roupa. Se não, vá lá fora conversar, mas nada de falar bobagens em pleno Ano Novo."

"Ela só está respondendo àquelas pessoas, por que se importar com isso? Você sempre se preocupa demais, parece que gosta de procurar preocupações," o Sr. Neves defendeu Isadora.

"Vocês dois agora estão sempre do mesmo lado, não é?" Filomena lançou um olhar irritado para Isadora.

O Sr. Neves, habilidoso em acalmar os ânimos, fez um sinal para Isadora sair da cozinha.

Isadora saiu, e ao olhar para trás, viu o pai oferecendo um petisco à mãe, que fingia protestar enquanto aceitava a mordida.

Ela de repente entendeu o que seu pai quis dizer antes: quando uma mulher encontra o homem certo que a ama, mesmo que ela cometa erros, ele a mimará e protegerá.

Isadora decidiu não se juntar às conversas vazias e tentou escapar, mas ao sair, encontrou Miguel, acompanhado por Eliana.

Miguel estava elegante em um sobretudo preto, com um suéter de gola alta branco por baixo, que destacava sua altura e porte. Eliana usava um casaco rosa volumoso e botas brancas, parecendo uma verdadeira princesa.

Os dois juntos pareciam protagonistas de uma novela, radiantes e sofisticados.

Ao vê-los se aproximando, o coração de Isadora foi tomado por uma sensação inexplicável.

"Isadora, feliz ano novo," Eliana cumprimentou-a docemente.

Isadora, em vez de ir ao hospital após sair da casa da família Lopes, decidiu não ir para lugar algum específico. Ela sabia que, durante o Ano Novo, todos os lugares estariam lotados, e ela não gostava de multidões.

Por fim, escolheu ir para a pequena colina atrás de sua antiga escola secundária. Não era alta, mas ela costumava ir lá com os amigos, e desde que se formou, não voltara mais.

Como ela esperava, estava bem tranquila, e Isadora começou a subir a colina. Embora não fosse alta, subir era cansativo, mas ela aproveitou para brincar, pegando galhos e folhas no chão, criando formas com eles.

Quando chegou ao topo, já havia passado um bom tempo. Havia grandes pedras lisas, desgastadas de tanto as pessoas se sentarem nelas.

Isadora deitou-se sobre uma delas. O sol do meio-dia atravessava os galhos, iluminando-a intensamente.

Ela fechou os olhos, permitindo-se desfrutar do calor do Ano Novo, sem perceber que alguém se aproximava.