Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 142

"Não foram muitas vezes, principalmente porque os encontros arranjados visam encontrar um parceiro com quem compartilhe interesses e paixões" - ele disse isso e eu quase ri.

Compartilhar interesses e paixões?

Ele queria encontrar alguém que ganhasse dinheiro da mesma forma que ele, para aumentar suas vantagens financeiras.

Diziam que estava difícil encontrar trabalho hoje em dia, mas se usar-se a cabeça, sempre haveria maneiras de ganhar muito dinheiro sem investimento inicial.

"A senhora já decidiu se quer me alugar como namorado, ou prefere tentar um relacionamento?" - o homem perguntou novamente.

Eu apertei os lábios, sem responder, e ele tomou um gole elegante de seu café: "Geralmente, as mulheres inteligentes escolhem tentar um relacionamento. Assim, não precisam pagar nada e, se não der certo, é só terminar."

"Se todo mundo fizer isso, você não vai sair perdendo?" - eu mexia no meu café.

"Nem todos têm essa oportunidade. Se a outra pessoa tem requisitos, eu também avalio as condições antes de escolher" - entendi o que o homem queria dizer.

Ele tinha se interessado por mim, achando-me uma boa escolha, por isso me ofereceu essa chance de experimentar sem custos.

"O senhor mencionou algo sobre um serviço com preço fixo... Há algum tipo de desconto ou vantagem para VIPs?" - para ser honesta, o preço que ele mencionou não era baixo.

Segurar as mãos já custava 30 reais, e se eu o alugasse para ir à família Pereira, na frente do Lúcio, certamente teria que encenar isso.

"Não" - ele disse e acrescentou: "não negociamos."

Eu assenti: "Entendo tudo o que o senhor disse, vou pensar mais um pouco. Pode esperar minha resposta, mas isso não vai impedi-lo de continuar aceitando outros trabalhos. Se aparecer algo melhor, sinta-se livre para recusar o meu."

Quando disse isso, percebi que não estava falando de um casamento arranjado, mas sim de uma negociação comercial.

O homem me olhou seriamente: "Eu realmente quero cooperar com a senhora."

"Os termos do senhor também atendem aos meus critérios, mas eu gostaria de ver outras opções, escolher a melhor, sabe?" - falei com toda a pose de uma negociadora experiente.

"Ok, então espero boas notícias suas" - disse o homem, acenando para o garçom.

Decidi que era só impressão minha, mas a sensação desconfortável me fez apressar o passo para casa, subindo as escadas rapidamente.

Mas assim que cheguei ao segundo andar, senti como se alguém também estivesse subindo atrás de mim, e justamente hoje a luz do corredor estava apagada.

Meu couro cabeludo arrepiou e acelerei ainda mais, lamentavelmente estava de salto alto, o que tornava a subida mais difícil.

E senti os passos atrás de mim se aproximarem, tão perto que parecia que iam me pegar.

Apertei minha bolsa e também segurei firme as chaves do carro na mão, pronta para defender-me com as chaves se fosse necessário.

Com isso em mente, parei de subir, pensando que seria mais perigoso se essa pessoa me seguisse até a porta de casa.

Quando parei, os passos atrás de mim também cessaram.

Respirei fundo, tremendo, e perguntei com voz baixa: "Quem está aí?"