Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 236

E o celular, que não parava de tocar, de repente silenciou.

Num instante, só restavam no ar o som da chama do fogão e os batimentos cardíacos acelerados, tanto meus quanto dele.

A tal proximidade permitiu que nossas respirações se entrelaçassem, e pude ver claramente o brilho ardente nos olhos de Alonzo...

Eu tinha uma forte premonição de que algo estava prestes a acontecer.

Toc, toc!

Ouviram-se batidas na porta, seguidas pela voz de Elisa, vinda lá de baixo: "Alonzo, Alonzo, a água da minha casa está saindo bem devagar, você pode me ajudar a ver o que é?"

Alonzo, que estava bem junto a mim, recuou um pouco, e eu aproveitei a oportunidade para me afastar rapidamente e me sentar no sofá.

Logo depois, Alonzo saiu da cozinha, foi até a porta e disse: "Elisa, vamos ver o que está acontecendo."

"Ótimo, ótimo" - Elisa olhou para dentro da casa, me viu e cumprimentou educadamente: "Clarice, posso pegar seu Alonzo emprestado?"

Hehe...

Que jeito de falar.

Mas eu também entrei na brincadeira: "Sem problema!"

Elisa riu, e Alonzo a seguiu.

Suspirei aliviada e, enquanto bebia suco de melancia, voltei para o meu quarto.

Quando Alonzo veio me chamar, já havia se passado meia hora.

O tempo era algo maravilhoso, o constrangimento de antes já havia desaparecido, e eu busquei algo para dizer: "O que houve com a água na casa da Elisa?"

"A torneira estava entupida com calcário, troquei por uma nova e foi resolvida."

Lembrei-me então da demolição prevista para o local: "Ah, você deve saber que vão demolir aqui, né?"

"Sim."

"Alonzo, não esperava que você realmente cumprisse no prazo." - Eu disse, impressionada.

"Eu cumpro o que prometo." - Alonzo falou de maneira natural, mas percebi um subtexto em suas palavras.

Não era a primeira vez, sabia que ele tinha dito de propósito.

Virei a cabeça para olhá-lo: "Alonzo, percebo que você sabe muito nesse aspeto."

"Saber o quê?" - Ele perguntou, com um ar indiferente.

Estava prestes a responder quando de repente uma figura familiar apareceu em meu campo de visão.

Parei de andar de repente, fixando o olhar naquela silhueta iluminada pela infinidade de luzes brilhantes, como se estivesse vendo uma ilusão.

"O que foi?" - Alonzo me perguntou.

Então, seguindo meu olhar, viu Lúcio não muito longe de nós.