Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 245

Meu coração acelerou, batendo descompassado...

Foi minha iniciativa tentar seduzi-lo e testá-lo, mas quando ele realmente respondeu, eu recuei.

Minha respiração estava ofegante: "Alonzo, você..."

Ele deu um passo em minha direção, fazendo com que as palavras que estavam na ponta da minha língua ficassem presas, e eu, instintivamente, recuei para evitar o contato.

Nesse jogo de avanço e recuo, ele conseguiu entrar na casa, me deixando encurralada ao lado do móvel de sapatos, enquanto nós dois segurávamos uma tigela de canja de galinha.

Não dava para negar sua habilidade, pois, apesar do nosso puxa e empurra, a tigela permaneceu intacta, sem derramar uma gota sequer.

Meu coração estava batendo tão forte que parecia que iria explodir...

Alonzo ficou em silêncio, apenas me encarando de perto.

Eu, por outro lado, não conseguia mais olhar para ele, e me arrependia internamente por ter tentado provocá-lo.

Isadora me instigou, mas ela também disse que os homens não resistiam a uma provocação.

Foi uma decisão impulsiva, um erro.

Mas, uma vez feito, de nada adianta me arrepender agora.

Eu precisava me forçar a ficar calma, pois só assim conseguiria lidar com Alonzo.

Eu podia ver que ele estava agitado, afetado por mim.

No entanto, ele estava tentando controlar e reprimir seus sentimentos.

As veias saltadas em sua testa eram a prova disso.

"A canja está entregue, você pode ir agora" - disse eu, quase sem fôlego.

Alonzo não se moveu, nem respondeu.

"Alon..."

"Clara..."

Ele interrompeu minha tentativa de falar, com uma voz rouca, que parecia uma pena tocando meu coração.

Eu não era Isadora, não tinha estudado medicina, nem me aprofundado em anatomia humana, mas sabia que meu corpo estava excitado.

Clamando.

Parecendo desejar algo.

Eu também não era mais uma menina, uma mulher de vinte e poucos anos, fisicamente madura, mas nunca tocada.

Esse vazio, esse desejo de ser preenchida, me deixava ansiosa.

E eu podia perceber que Alonzo também não estava melhor do que eu, seu coração, sua respiração, e a temperatura do seu corpo demonstravam desejo.

Eu o atraía.

Mas ele não tomou nenhuma ação, o que isso significava?

Controle, restrição, ou como Isadora disse, talvez tivesse um amor insuficiente para dar o passo, ou o medo de ter que assumir responsabilidades?

Eu não estava convencida, queria mais provas, queria uma resposta.