Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 286

Embora eu tivesse superado meus sentimentos por Lúcio, isso não significava que o constrangimento e a dor tinham desaparecido.

"Clarice, você sofreu tanto e nem sequer falou uma palavra. Aquela casa foi comprada para você, você deveria ter expulsado ela de lá, nem que fosse para um mendigo morar, jamais deveria permitir que ela ficasse." - Rosalina tinha uma personalidade forte, não aceitava injustiças.

Lúcio e eu não tínhamos mais nada a ver, então não havia necessidade de falar mais sobre isso, eu a aconselhei: "Já passou."

"Para você passou, eu não consigo superar. Hoje mesmo vou mandar retomar a casa" - Rosalina estava determinada.

Eu sorri levemente: "Mesmo que você a expulse dessa casa, Lúcio pode simplesmente comprar outra."

Lorena era a intrusa, sim, mas no fim das contas, foi Lúcio quem deu a ela essa oportunidade.

O verdadeiro problema era Lúcio, não Lorena.

"Ele pode comprear outra, mas aquela casa é sua, nenhuma outra mulher tem o direito de morar lá." - As palavras de Rosalina aqueceram meu coração.

Esse tipo de proteção era realmente como o de uma mãe para sua filha.

"Eu sei que você está com pena de mim, querendo me defender, mas não é necessário, não se irrite mais." - Eu a aconselhei.

Se ela realmente fizesse um escândalo, Lúcio poderia pensar que fui eu quem a instigou.

Eu não queria mais me envolver com ele, para evitar que Lorena pensasse que eu queria competir por um homem com ela.

"Eu não estou irritada, o que eu quero é matá-los de raiva, não se meta." - Rosalina estava furiosa, daquelas que ninguém conseguia acalmar.

Já que era assim, eu não insisti mais.

"Esse desgraçado Lúcio escondendo a amante na casa de casamento com você, quando eu ver ele, vou acabar com ele..." - Rosalina desabafou novamente sobre Lúcio antes de desligar o telefone.

Ao colocar o celular de lado, olhei para o teto, e a cena de Daniel me levando para ver a casa veio à minha mente.

Não sabia como Rosalina soube isso, talvez Lúcio ainda não soubesse a verdadeira razão pela qual eu decidi terminar com ele.

Depois de ficar algum tempo na cama, levantei e fui para fora.

Instintivamente, peguei de volta e escondi atrás de mim, olhando para ele com irritação: "Por que você está mexendo nas minhas coisas?"

"Você se machucou?" - A voz de Alonzo era grave.

Envergonhada, não soube o que responder, virei-me e corri para dentro do quarto, fechando a porta com força.

Meia hora depois, Alonzo bateu na porta: "A comida está pronta, venha comer."

Não respondi, e depois de um momento, Alonzo disse: "Eu vou indo então."

Suspirei, já faminta, abri a porta, mas a pessoa que disse que ia embora estava parada na porta como se estivesse de guarda.

Ele me enganou?!

"Alonzo, você..." - Não terminei a frase, quando Alonzo estendeu o braço e me puxou para seu abraço.

Seu rosto roçava suavemente na minha testa: "Desculpe, fui eu que não me importava com sua sensasão..."