Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 305

A situação era constrangedora, exceto para Alonzo.

"Senhor Pereira, um momento." - Alonzo, com uma expressão completamente natural, me carregou até o sofá.

Ele não saiu imediatamente, em vez disso, calmamente pegou uma toalha úmida para me ajudar a limpar as mãos: "Comece a comer, a sopa está um pouco quente, não beba tão rápido."

Henrique estava parado na porta, aquele constrangimento de não saber se entrava ou se saía, me fazia sentir desconfortável.

"Tudo bem, eu consigo." - Eu quis dizer para Alonzo ir falar com Henrique.

Antes de sair, Alonzo abriu todas as caixas de comida e até mesmo preparou os utensílios para mim, colocando-os à minha frente.

Essa atitude de Alonzo foi, sem dúvida, um golpe direto ao coração.

Henrique, parado na porta, acabou assistindo a uma cena de carinho extremo, algo difícil de digerir para quem me admirava.

"O que senhor Pereira queria falar?" - Alonzo caminhou em direção à porta e perguntou a Henrique.

Henrique saiu, e eu não consegui ouvir o que ele disse a Alonzo depois.

Alonzo voltou três minutos depois, sua expressão impassível não revelava nada.

Se não dava para entender, era melhor perguntar.

Bebendo a sopa, eu perguntei: "O que falaram?"

"Nada importante." - Alonzo respondeu de forma evasiva, provavelmente sentindo algo, e então acrescentou: "Ele queria me recrutar."

Fiquei surpresa: "Para onde queria recrutar você? Para o Grupo de Onda?"

Mas Henrique era apenas um diretor, recrutar pessoas era algo que caberia ao departamento de RH ou ao grande chefe, certo?

Será que ele já estava se preparando para gerenciar a empresa após a saída de Lúcio?

Se fosse esse o caso, por que ele enfatizou especificamente para mim agora há pouco que nunca pensou em gerenciar a empresa?

"Ele não disse para onde, apenas perguntou se eu estava interessado." - Alonzo falou, sentando-se.

Eu mexia o mingau distraidamente com a colher: "E o que você respondeu?"

"Não estou interessado."

Isso era muito direto mesmo.

Eu concordei com um aceno, pois não queria que meu humor afetasse Alonzo.

Entre comer e conversar, essa refeição me ajudou a superar a trágica situação dos meus pais.

"Alonzo, quero ter alta do hospital, voltamos para casa." - Eu sugeri.

Ele me olhou: "Você acha que está bem?"

"Estou bem, e não quero ficar aqui." - Eu disse como uma criança teimosa.

"Ok, então vamos depois do comer" - Alonzo concordou comigo.

Eu sorri novamente, e ele me observou: "Não sorria enquanto come, pode se engasgar."

"Oh, isso significa que também não posso falar?" - Perguntei.

"Em princípio" - sua resposta me fez querir rir.

"Então, você com tantos princípios, por que você não me disciplina?" - Minha pergunta tinha um quê provocador, quase como se eu estivesse pedindo para ser controlada.