Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 322

Ao ouvir as palavras que se seguiram, a imagem do Lúcio desregrado e despreocupado dos tempos de escola surgiu diante de meus olhos.

Naquela época, ele realmente parecia viver sem preocupações.

Houve um tempo em que pensei que ele permaneceria assim, mas, sem saber exatamente quando, ele mudou, e nós chegamos ao ponto em que estamos hoje.

Portanto, fazia sentido dizer que o futuro era imprevisível.

"Lúcio também pediu para que eu cuidasse bem dos nossos pais e de você" - a voz de Henrique ficava cada vez mais grave: "e disse que queria que eu o avisasse se você se casasse, pois ele gostaria de te enviar suas bênçãos pessoalmente."

Meu peito ficou apertado com essas palavras, e também bastante irritada.

Ele havia causado toda essa confusão, deixando todos em um estado de alerta, fazendo com que pensassem que ele poderia estar desesperado, quando, na verdade, ele apenas queria se esconder.

"Parece que ele não quer morrer ainda." - Disse eu, com certa maldade na voz.

Do outro lado, Henrique murmurou: "Talvez ele tenha seus próprios dilemas e dificuldades."

Eu ri com desdém: "Ele tem esposa, filho e uma carreira de sucesso. Que dilemas e dificuldades ele poderia ter? Está brincando de ser um escritor melancólico agora?"

"Clarice, você ainda ressente ele, certo?" - Henrique pensou que meu sarcasmo era devido a algum ressentimento que eu tinha por Lúcio.

"Não,eu parei de amar e odiar quando eu coloquei um fim em nossa relação" - corrigi.

Henrique ficou em silêncio por alguns segundos. "Não é tão fácil assim deixar de amar ou odiar, não é?"

Seu tom de voz me fez lembrar das análises que Alonzo tinha feito, e também do afeto reprimido e paciente que Henrique tinha por mim.

Eu realmente queria perguntar se ele tinha me esquecido.

Mas não era apropriado perguntar isso.

"Qual é o seu plano a seguir?" - mudei de assunto.

"Hm?" - Ele pareceu não entender o que eu quis dizer.

Não sabia o porquê, mas eu comecei a tremer.

Claramente, Henrique e eu não tínhamos discutido, mas as emoções estavam particularmente agitadas depois que desliguei o telefone.

Um casaco com o calor do corpo foi colocado sobre meus ombros.

Levantei a cabeça e vi Alonzo, sem saber quando ele havia chegado.

"Eu..."

Mal abri a boca, Alonzo me interrompeu: "Vamos, vamos para casa."

Mas eu não me mexi, apenas o encarei.

Sob meu olhar, a garganta de Alonzo se moveu nervosamente: "O acidente foi um problema com os freios."