Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 349

Dante não respondeu e eu, num instante, me assustei, estendendo a mão para agarrar seu braço.

"Dante, Dante..."

Com um suspiro profundo, Dante finalmente abriu os olhos lentamente.

Ele olhou para mim, com um olhar um tanto confuso: "Clarice, eu quase não consegui acordar agora."

Imediatamente fiquei nervosa: "Vou chamar o médico."

Mas Dante segurou minha mão, com uma voz fraca: "Não é nada, não precisa fazer alarde, isso já aconteceu antes, é só paralisia do sono."

Eu tinha ouvido falar disso antes, mais como uma piada, mas agora ele estava doente, e com um câncer grave, isso não parecia ser simples paralisia do sono, mas sim um sinal da doença.

Embora eu não fosse médica, tinha algum conhecimento geral, e ainda por cima, contava com uma amiga médica, Isadora.

"É melhor deixar o médico dar uma olhada, eu não vou ficar tranquila se não." - Insisti em chamar o médico.

O médico fez alguns exames de rotina e disse que não havia problema algum, que a condição de Dante provavelmente se deveu a um sono profundo, no qual ele podia sentir alguém chamando-o, até mesmo responder, mas simplesmente não conseguia acordar.

"Viu, eu disse que não era nada" - Dante me repreendeu por meu alarde.

Mas ele não sabia como estava sua expressão, e eu não queria dizer nada, muito menos mostrar tristeza, então só consegui dizer: "Melhor ser cuidadoso, olha só onde você está agora por dizer que não era nada."

"É normal que as pessoas fiquem doentes à medida que envelhecem, tal como uma máquina avaria depois de ser usada durante muito tempo. Não fique tão triste devido a minha doença." - Dante parecia levar tudo numa boa.

Mas eu não sabia o que dizer.

A progressão do câncer tinha absolutamente a ver com o que aconteceu entre Lúcio e Dante, e eu era igualmente culpada.

Pensando naquele acidente que tirou a vida deles, senti um aperto no coração, e também me lembrei de minhas suspeitas sobre Dante: "Me desculpe."

Dante sorriu: "Por que está dizendo isso agora?"

"Eu investiguei o acidente de carro dos meus pais, fui até a delegacia verificar o relatório do acidente." - Eu disse a verdade.

Dante ficou em silêncio por alguns segundos, depois suspirou: "Você é tão teimosa."

"É, eu sou mesmo obstinada e teimosa, você sabe melhor que ninguém." - Brinquei, seguindo a conversa.

Dante balançou a cabeça, sem jeito: "Menina..."

Eu o apertei com mais força: "Quando voce me chama de menina, me faz sentir que ainda não cresci."