Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 378

"Não é isso..."

"Na verdade, eu também acho que ele não tem a aparência de um chefão. Em termos de presença, como ele pode se comparar comigo?" - Matheus disse, inflando o peito e empinando o traseiro, sentindo-se muito satisfeito consigo mesmo.

"Ouvi dizer que a empresa foi fundada com o dinheiro que ele investiu, é verdade?" - Perguntei mais uma vez.

"Sim, ele é o verdadeiro acionista majoritário. Quanto a mim" - Matheus sorriu de maneira irônica: "com essa aparência toda respeitável, todos me chamam de Sr. Sousa, mas, na realidade, sou apenas um funcionário de alto escalão, igual a você e Alonzo."

Esse tom irônico, apesar de tudo, soava amigável.

"Então, por que ele não administra a empresa diretamente?" - Perguntei, ainda cheia de dúvidas.

"Está brincando?" - Matheus riu de mim: "Ele tem tanto dinheiro que mal sabe o que fazer com ele. Ele possui várias empresas em seu nome, como teria tempo para administrar tudo pessoalmente?"

Olhei para a porta da sala privativa.

Aquele homem de baixa estatura lá dentro era realmente tão rico assim?

Morando na família Pereira por tantos anos, aprendi muito sobre os hábitos dos ricos, mas nunca ouvi falar de um sobrenome Gomes.

"Não acredita, né?" - Matheus percebeu minha hesitação: "Você tem pouca experiência."

Eu: "..."

"O chefão lá dentro se chama Samuel Gomes, neto do magnata do carvão de Cidade de Monto, Reinaldo Gomes. Não se deixe enganar pela aparência um pouco envelhecida. Na verdade, ele tem pouco mais de trinta anos. Agora que a indústria do carvão está desacelerando, os descendentes da família Gomes estão diversificando seus negócios. Nosso chefão pode não parecer muito, mas ele é bastante astuto" - Matheus disse, apontando para a própria cabeça.

Essas palavras acabaram com minhas dúvidas.

Mesmo assim, não resisti de brincar: "Um homem de Cidade de Monto expandindo seus negócios até aqui… Realmente tem um alcance impressionante."

"Onde há dinheiro, lá ele estará. Nosso chefe tem negócios até no exterior" - Matheus balançou a cabeça suavemente: "Surpresa, né?"

"Sim, surpresa" - murmurei: "não imaginei que houvesse um Sr. Gomes por trás do Sr. Sousa, pensei que..."

"Pensou o quê?" - Matheus perguntou com um sorriso.

Pensando na situação financeira precária de Alonzo, optei por não dizer nada.

Apesar de ter o mesmo sobrenome, Alonzo superava Samuel em aparência e intelecto, mas em termos de fortuna, Samuel o deixava muito para trás.

"Não é nada, vamos entrar! Não vamos deixar o chefão esperando e acabar irritando-o… Ele pode nos demitir" - brinquei e caminhei em direção à sala privada.

Estava prestes a revirar os olhos para ele, mas Matheus já sorria, explicando a Samuel: "Sr. Gomes, o senhor não sabe, mas a Clarice estava ansiosa para conhecê-lo! Ela me perguntou várias vezes... esperando ouvir mais sobre sua grandeza."

Eu: "..."

"É mesmo?" - Alonzo se intrometeu na conversa.

Essas duas palavras fizeram meu coração gelar, e Matheus riu: "É, não acredita? Você pode perguntar à Clarice."

A inteligência de Matheus realmente me fazia querer socá-lo.

"Podem servir o jantar… A Clarice parece estar com fome" - Alonzo sugeriu.

Matheus olhou para Samuel e, só depois de receber um sinal discreto, finalmente apertou o botão para chamar o garçom.

Isso me convenceu de que Samuel era realmente o chefão.

Mas por que Matheus também tratava Alonzo com tanto respeito e até um certo carinho no dia a dia?

Enquanto comia, continuei refletindo, e ainda assim, algo parecia fora do lugar.