Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 466

O acidente de carro, esse era o meu pesadelo, e nunca imaginei que iria vivenciá-lo pessoalmente.

Eu senti profundamente esse desespero, certamente meus pais deviam ter sentido o mesmo quando aconteceu com eles.

Não, eles deviam ter se sentido ainda mais desesperados, pois morreram após sofrerem ferimentos graves.

Minha mente estava confusa, mas, felizmente, Alonzo estava constantemente me tranquilizando: "Clara, não tenha medo, já estão indo te salvar, e eu também estarei aí em breve."

Ele continuou me acalmando, tentando me fazer sair do carro, mas por mais que eu tentasse, a porta não abria.

"Não se mexa, dói." - O murmúrio de Lúcio soou ao meu lado.

Ao ouvir isso, eu não ousei me mover, nem mesmo falar.

"Clara, por que você não está falando? Está tudo bem com você?" - Alonzo perguntou, preocupado ao não ouvir minha voz.

"Estou bem." - Eu disse, tentando abaixar a voz.

"Veja se o carro está pegando fogo ou se você sente cheiro de gasolina." - Alonzo perguntou novamente.

Ao ouvir isso, meu coração pulou, se fosse realmente esse o caso, eu não teria saída, mesmo se não tivesse morrido no impacto.

Então, eu tentei me inclinar para frente para olhar, mas assim que me movi, senti o carro balançar e então tudo começou a girar novamente.

"Ah." - Eu gritei, tentando instintivamente segurar em algo.

A rolagem parou rapidamente, mas eu estava sem alma, até ouvir alguém me chamando: "Clara, Clara..."

Parecia ser Alonzo me chamando, mas onde ele estava?

E meu celular?

O capotamento fez com que meu celular também voasse da minha mão, e foi parar em algum canto que eu não sabia onde, eu só pude gritar: "Alonzo, o carro capotou de novo."

"Alonzo, peça para alguém me salvar, venha me salvar." - O medo enorme me fez clamar por ajuda de forma histérica.

"Lúcio, não durma, Alonzo disse que já chamou alguém para nos salvar." - Depois do medo inicial, eu me senti muito mais calma.

Lúcio não falou, seus olhos já estavam fechados.

Ao ver isso, sacudi ele: "Você não pode..."

Eu ainda não tinha conseguido dizer a palavra "dormir" quando ele murmurou: "Dói..."

Eu olhei para o ferimento sangrando em sua cabeça; se fosse só um ferimento lá, não deveria doer tanto, devia haver mais ferimentos.

Vendo seu corpo preso, incapaz de se mover, meu coração apertou.

"Eu não vou me mover, mas você não pode dormir." - Eu disse, olhando para o rosto dele, mesmo que metade estivesse coberta de sangue, a outra metade ainda estava limpa.

Ele tinha emagrecido muito, algo que eu já tinha notado antes, mas agora, vendo de perto, era ainda mais aparente.