Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 482

No carro, eu liguei para Alonzo.

Desta vez, ele não demorou a atender: "Alô."

"Onde você está?" - Perguntei diretamente.

Alonzo ficou em silêncio por alguns segundos: "Você voltou?"

Essas poucas palavras me deixaram com um nó na garganta.

Ele não sabia por que eu estava tão ansiosa para voltar?

"Sim, onde você está? Eu quero te ver." - Disse eu, com um tom firme e cheio de raiva.

"Volte para casa, que eu vou te encontrar." - As palavras de Alonzo me fizeram fechar os olhos por um momento.

No segundo seguinte, eu disse, palavra por palavra: "Alonzo, você não entendeu o que eu disse? Eu disse que quero te ver."

"Estou com Érica." - Alonzo respondeu, mas as últimas palavras me fizeram entender que ele não queria que eu fosse até lá, ele não queria que Érica nos visse discutindo.

Deixando de lado o fato de que a saúde de Érica não estava boa e que ela não suportaria o estresse, só o fato de ela estar lá já dificultava a comunicação entre mim e Alonzo.

Eu não insisti mais: "Ok, eu espero em casa."

Desliguei o telefone e olhei para fora da janela do carro, observando a paisagem passar rapidamente diante dos meus olhos.

Desembarquei do carro e voltei para casa.

Mas, assim que entrei no hall, me deparei com Lorena.

Ela estava maquiada, e sua aparência estava muito melhor do que quando estava no hospital.

Parecia que ela recebeu alta, mas o bebê prematuro provavelmente ainda estava na incubadora.

Só não sabia se ela foi visitá-lo.

Lorena olhou para a mala que eu carregava e riu de forma zombeteira: "Clarice, eu pensei que você fosse mais santa. Mas vejo que você continua pendurada no Alonzo enquanto mantém laços com Lúcio."

Parecia que ela ainda não tinha desistido de Lúcio, sabendo até mesmo o que aconteceu entre nós.

Claro, ela estava me monitorando para prevenir uma reconciliação entre mim e Lúcio.

Isso mostrava que ela não estava apenas usando Lúcio; ela também tinha sentimentos verdadeiros por ele.

"Lorena, eu não estou no clima para discutir com você hoje. É melhor você ficar quieta e longe de mim." - Eu avisei.

Ela foi sensata e não disse mais nada.

Ela continuou me observando até que as portas se fechassem.

Subi para o meu apartamento, entrei, acendi a luz, tirei os sapatos e me sentei no sofá.

Alonzo chegou meia hora depois de eu chegar em casa.

Ele não entrou diretamente, como fazia antes, mas tocou a campainha.

Esse gesto também me fez entender que a intenção dele de terminar comigo não era brincadeira nem um impulso momentâneo.

Quando abri a porta, lá estava Alonzo do lado de fora, com sua postura imponente.

Ele não estava mais vestindo uma camiseta, mas sim uma camisa preta e calças da mesma cor.

Assim vestido, ele não tinha mais a aparência rústica de quando nos conhecemos.

Agora, ele parecia um executivo de alto nível, um legítimo herdeiro da família Gomes.

Nós nos olhamos, mas não falamos nada inicialmente.

Foi Alonzo quem quebrou o silêncio: "Posso entrar?"