Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 510

Nessa vez eu não chorei, parecia que as lágrimas que deveriam ser derramadas já se esgotaram, ou talvez isso tivesse a ver com meu interior.

Eu já havia aceitado calmamente o fato de seguir caminhos diferentes do Alonzo.

No caminho de volta, a chuva caía incessantemente, como se tivéssemos entrado no período de chuvas.

Não sabia se foi porque me distraí, ou por causa da estrada escorregadia pela chuva, mas acabei não freando a tempo e bati no carro da frente.

A chuva estava tão forte que tanto eu quanto a outra pessoa decidimos não sair para verificar os danos nos veículos, optando por permanecer dentro dos carros e chamar a polícia.

Quando a polícia e a seguradora chegaram, a chuva havia diminuído um pouco, e tanto eu quanto o dono do outro carro saímos para ver o que tinha acontecido. Ficamos surpresos ao nos reconhecermos.

"Se eu soubesse que era você, por que incomodar a polícia num dia de chuva tão forte?" - As palavras de Alice Braga fizeram com que o canto da boca do policial, que era apenas um jovem de uns vinte e poucos anos, se contraísse.

"Vocês se conhecem, vão resolver entre si ou querem que seja oficial?" - Perguntaram a polícia e a seguradora.

"Pelo oficial."

"Entre nós."

Alice e eu falamos ao mesmo tempo.

O policial nos olhou: "Se decidam, senão vou ter que multar."

"Pelo oficial, temos seguro." - Eu mantive minha opinião.

"Se for pelo oficial, vão ter que rebocar nossos carros, o que vai complicar nossa locomoção. Além do mais, por algo tão pequeno, não vale a pena." - Argumentou Alice, não sem lógica.

Com a chuva constante, ficar sem carro realmente complicaria as coisas.

Mas sua posição social certamente não a deixaria sem opções de transporte.

Provavelmente ela preferia resolver entre nós por ser menos problemático.

No entanto, eu ainda insisti no procedimento oficial, permitindo então que o policial e a seguradora fizessem a avaliação no local, para que cada um pudesse levar seu carro para conserto.

"Senhorita, Senhorita" - quando eu estava prestes a ir embora, a voz doce de Alice me chamou.

Ao ver o rosto adorável de Luana, sorri e me aproximei: "Há quanto tempo, Luana."

Na primeira vez, ela era uma mulher com charme impressionante, na segunda, parecia uma mulher comum consumida pelo ciúme, depois se mostrou uma figura digna de pena.

"Não me sinto à vontade para ir à sua casa." - Eu disse, não como uma desculpa, mas a verdade.

Com Luana celebrando seu aniversário, Sérgio, como pai, certamente estaria presente, e era possível que Diogo também fosse.

Eu não queria mais nenhum envolvimento com eles.

"Não tem por que se sentir desconfortável, Sérgio está com problemas de saúde e não vai participar." - Alice pareceu ler meus pensamentos.

Depois, olhando para Luana, disse: "Além de você, não teremos mais ninguém."

Alice levou a conversa a esse ponto, e com o olhar suplicante de Luana, o que mais eu poderia dizer.

Assim que a polícia e a seguradora terminaram de definir as responsabilidades, o carro chamado por Alice chegou: "Deixem eles rebocarem os carros para conserto, vamos neste."

Luana já havia agarrado meu dedo, e então estendeu os braços querendo um abraço.