Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 56

"Não te culpo, cada um faz por si, isso é algo natural" - eu disse sinceramente, sem ter a intenção de culpar Larissa.

Mesmo que nossa relação fosse apenas de colegas de trabalho, talvez um pouco mais próximas que isso, até mesmo irmãs colocariam suas próprias necessidades em primeiro lugar.

"Clarice..." - Larissa sacudiu meu braço, tentando dizer algo mais.

Mas eu a interrompi: "O Sr. Pereira disse que a responsabilidade será nossa se não resolvermos o problema da iluminação. Neste momento, não temos tempo para pensar em mais nada, precisamos nos concentrar em resolver esse problema."

Os olhos de Larissa se arregalaram: "Mas isso não é culpa nossa, você fala como se tivéssemos cometido um erro."

"Somos responsáveis por esse projeto, se houver um problema, somos as principais responsáveis. Não há desculpas, se não quisermos lidar com as consequências, então precisamos resolver o problema" - eu disse seriamente.

Larissa, ao ouvir isso, não disse mais nada, acenou com a cabeça e se virou.

Eu a ouvi murmurar: "Misturando o público com o privado".

Entendi o que ela queria dizer: Lúcio estava agindo dessa forma porque estava insatisfeito comigo, querendo se vingar pessoalmente.

Suspirei, sabendo muito bem disso.

Mas quanto mais isso aconteciu, mais eu queria resolver o problema de forma impecável, deixando-o sem argumentos.

Além disso, o parque de diversões era meu sonho de realizar o desejo de meu pai, e eu não podia permitir nenhum defeito.

Porque meu pai era uma pessoa em vida que buscava a perfeição, e eu queria que ele soubesse que sua filha também poderia ser excelente e perfeita.

Larissa rapidamente me trouxe os contatos do fornecedor de iluminação e da empresa de construção.

Liguei para eles e, no final, decidi convidá-los a ir ao local para discutir a raiz do problema e as possíveis soluções.

Ambas as partes concordaram, mas só poderiam vir depois de amanhã, então não havia motivo para pressa.

Pensando que Larissa mal havia dormido na noite passada, dei a ela o dia de folga para descansar e decidi fazer uma visita à família Pereira também.

Tudo havia sido esclarecido com Lúcio, mas eu ainda tinha coisas para resolver com a família Pereira.

Mas quando eu estava arrumando minhas coisas para ir embora, Lorena veio até mim: "Clarice, podemos conversar?".

O constrangimento no rosto de Lorena aumentou, ela mordeu o lábio: "E depois do expediente, pode ser?"

Apontei para minha bolsa: "Estou saindo agora, e tenho outros compromissos depois do trabalho".

A expressão de Lorena ficou ainda mais desagradável, ela olhou em volta e, vendo que não havia ninguém por perto, disse: "Sei que você está chateada comigo porque estou morando naquela casa e tendo problemas com Lúcio, posso me mudar".

Eu ri: "Lorena, não precisa fingir agora, se você quisesse se mudar, não teria se morado aqui desde o início. Além disso..."

Fiz uma pausa por um momento, olhando diretamente para ela: "Você sabe muito bem que a razão pela qual Lúcio e eu chegamos a esse ponto é por sua causa, e ainda assim você vem até mim, qual é a sua intenção? Você acha que sou cega ou estúpida o suficiente para não perceber?"

"Eu fiz isso por necessidade e viver" - Lorena ainda estava tentando se justificar.

Vendo sua falsidade, não fui gentil: "Como assim, só a empresa de Lúcio pode sustentar você? Ou você simplesmente não consegue viver sem ele?".

"Clarice, como você pode dizer isso?" - Lorena levantou a mão.

Eu dei um passo para trás, criando distância entre nós: "Lorena, há câmeras por toda a parte na empresa, então pare de tentar pequenos truques, ou a única que ficará envergonhada será você mesma."