Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 583

Pum!

Pum!

...

À medida que mais uma bola caía com precisão no buraco, um grito de excitação surgia dos espectadores, como se estivessem impressionados com a minha precisão nos tiros.

Eu me sentia cada vez mais confiante, especialmente com Alonzo ao meu lado.

Uma voz dentro de mim gritava: Clarice, você tem que mostrar a ele um lado seu que ele desconhece.

Alonzo e eu estamos juntos há tanto tempo, mas ele nunca me viu jogar snooker.

Isso porque minha habilidade no jogo estava relacionada a Lúcio, e eu sempre temi que Alonzo se sentisse desconfortável com isso.

Mas, para minha surpresa, hoje eu estava ali, exibindo minhas habilidades na frente dele...

Pum!

Eu acertei mais um disparo.

A bola começou a girar e, quando estava prestes a cair no buraco, de repente parou, como se tivesse sido sugada.

Dessa vez, eu não consegui limpar a mesa de uma vez, e agora era a vez de Daniela jogar.

Gritos agudos ecoaram novamente, desta vez animados pela competição entre mim e Daniela.

Era estranho.

Considerando que tanto eu quanto Daniela estávamos estreando, e não éramos jogadoras profissionais, não deveríamos ter fãs.

No entanto, de alguma forma, os espectadores se dividiram automaticamente entre os "fãs da Daniela" e os meus.

Daniela pegou o taco, se inclinou, mirou e fez o disparo.

Cada movimento era impecável, e combinado com sua aparência deslumbrante, realmente fazia o jogo parecer bonito e perfeito.

Gritos de excitação soaram, e até ouvi alguém gritar "Vai, gata!".

Daniela avançou de maneira avassaladora, encaçapando cada bola com precisão.

Quando restava apenas uma bola na mesa, ela empatou os pontos comigo.

Se ela encaçapasse a última, eu perderia.

Com o impacto da bola branca na bola preta, todos a viram se dirigir ao buraco do lado esquerdo.

Justo quando todos estavam prestes a testemunhar aquele momento decisivo, as luzes se apagaram abruptamente, mergulhando o local em escuridão total.

Gritos surgiram da multidão, e eu senti alguém apertar meu pulso e me puxar, arrastando-me sem controle.

Na confusão das trevas, fui empurrada e puxada, mas continuei sendo arrastada para correr.

Embora estivesse preocupada com a possibilidade de não conseguir escapar, naquele momento, corri, mesmo sem saber para onde.

"Nélson, não consigo mais correr" - disse, sem fôlego, após um tempo correndo.

Foi então que percebi que não havia mais ninguém ao nosso redor, como se estivéssemos apenas ele e eu.

Mas Nélson não respondeu, apenas diminuiu o passo.

Aproveitei para recuperar o fôlego e perguntei: "Quem planejou tudo isso? Foi Lúcio? Vocês estão arriscando demais. Oscar certamente tem precauções, ele não vai nos deixar escapar tão fácil."

Nélson continuou em silêncio, e comecei a sentir que algo estava errado.

Peguei sua outra mão e perguntei: "Nélson, por que você não fala?"