Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 607

Eu sabia que a única pessoa que criava peixes era Henrique.

Ao pensar nas minhas suspeitas sobre ele, provoquei intencionalmente: "Seus peixes entendem o que as pessoas falam? Antes de ser pegada por você, eu já alimentei peixes que obedeciam a comandos."

Usei essas palavras de propósito para irritá-lo.

Bruno era alguém com um forte desejo de vencer, algo que ficou claro quando foi derrotado por Alonzo e quis se vingar.

Ele não tolerava ser superado por ninguém.

"É mesmo?" - Bruno sorriu de leve: "Os peixes que você alimentou provavelmente só entendem uma frase: 'Clarice, está na hora de comer'."

Fiquei surpresa e olhei fixamente para ele, tentando discernir se estava brincando ou se Henrique realmente treinava os peixes assim.

Quando ele viu minha expressão, soltou uma risada.

Entendi o que aquela risada significava.

Parecia que ele conhecia Henrique, ou como mais ele saberia o que Henrique dizia aos peixes?

Henrique já havia pintado inúmeros retratos meus, algo que me surpreendeu na época, e agora até os peixes que ele criava tinham alguma relação comigo.

"Venha, vou te mostrar meus peixes. Eles não só entendem o que as pessoas dizem, como também dançam." - Bruno tinha um jeito de sempre querer se exibir e provar algo.

Ele chamou os peixes: "Peixes da fortuna, é hora de comer."

Assim que disse isso, vi todos os peixes no tanque se aproximarem em formação, algo que me pegou completamente de surpresa.

Não esperava que os peixes fossem tão treinados.

Além disso, o nome que ele deu aos peixes era vulgar, refletindo sua natureza gananciosa.

Se Bruno estava realmente sendo manipulado por Henrique, provavelmente era por dinheiro.

"O que achou? Meus peixes não são os mais obedientes?" - Bruno disse orgulhoso enquanto os alimentava, assobiando e brincando com eles.

Enquanto ele se divertia, ouvi o som de um carro se aproximando.

Embora eu não tivesse visto quem era, sabia que era Alonzo.

Bruno sorriu maliciosamente:

"E por que eu te deixaria aqui?"

Ele havia insinuado que queria alimentar seus peixes com o sangue de Alonzo.

"Fui eu quem deu a ordem para te atacarem. Se quer vingança, faça isso comigo. Isso é entre nós dois, os outros não têm nada a ver com isso." - Alonzo tentou negociar.

"Verdade." - Bruno concordou, surpreendendo.

Mas eu sabia que aquilo era apenas fachada.

Ele não deixaria as pessoas irem tão facilmente.

No segundo seguinte, Bruno completou: "Mas já que estão todos aqui, deixá-los ir seria sem graça. Que tal fazermos um jogo?"

Ao ouvir isso, meu couro cabeludo formigou, e um pressentimento muito ruim me tomou por completo.