Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 644

Meu coração deu um salto, e eu perguntei instintivamente: "Alguém morreu?"

"Não... é que todas as luzes se apagaram" - a resposta de Henrique me fez suspirar de alívio.

Desde que não fosse uma morte, não seria considerado um grande problema.

Olhei pela janela para as luzes da cidade: "Todas as luzes se apagaram de repente?"

"Sim, todas se apagaram de repente. Os técnicos e os reparadores já verificaram tudo, não há falta de energia, os fios estão normais, e os equipamentos estão funcionando corretamente. Só que os efeitos de iluminação desapareceram" - a explicação de Henrique também me deixou sem forças.

Eu não entendia muito sobre iluminação, e o designer original e o responsável pela produção posterior foi Alonzo.

Se ele estivesse aqui, tudo seria mais fácil.

Mas não...

"Todas as luzes estão apagadas?" - Perguntei, virando-me para calçar os sapatos.

"Não, estão brancas" - a resposta de Henrique me fez parar.

"Brancas?" - Murmurei.

"Vou tirar uma foto e te enviar. Você vai entender quando ver" - Henrique disse, e depois de uma pausa, acrescentou: "A concepção dessa iluminação foi toda responsabilidade do Alonzo, então... eu pensei que você poderia saber o que está errado. Além disso, agora você é a representante legal do parque de diversões."

Sim, o parque de diversões foi passado para mim, mas agora eu não me envolvia em nada, deixando Henrique cuidar de tudo.

Talvez eu devesse considerar pagar um salário para ele.

"Estou a caminho" - desliguei o telefone e também recebi a foto que Henrique enviou.

A visão era de um parque de diversões outrora vibrante, agora banhado em um branco intenso, quase dando a impressão de uma cidade fantasma.

Meu coração apertou inexplicavelmente, e uma ideia cruzou minha mente, será que era o espírito de Alonzo fazendo travessuras, zangado comigo por estar bagunçando e usando isso como um aviso?

Esse pensamento começou a me incomodar enquanto eu dirigia para o parque de diversões.

Isadora me ligou após tomar banho e não me encontrar.

Depois de ouvir minha história, ela disse: "A vingança chegou."

"Se ele morreu, então as luzes do nosso parque de diversões estão condenadas?" - Eu perguntei severamente.

Os técnicos baixaram a cabeça, sem ousar responder.

Eu não estava realmente irritado com eles, era mais um sentimento de impotência que brotava do fundo do meu coração.

Era aquela sensação de precisar de alguém, querer alguém, mas não poder tê-lo.

Henrique interveio para amenizar a situação: "Alonzo deixou instruções, mas agora é uma emergência, é difícil encontrar o problema rapidamente."

Eu não respondi, e Henrique voltou-se para os técnicos: "Vocês precisam se comunicar com a equipe do programa, mesmo que tenham que fazer hora extra, precisam resolver esse problema."

Depois, Henrique se virou para mim: "Agora precisamos lidar com os turistas."

Claro que eu sabia disso, e comecei a caminhar para fora, mas não havia dado muitos passos quando ouvi alguém chamar atrás de mim: "Conseguimos."

Henrique e eu nos viramos ao mesmo tempo, apenas para ver as cores vibrantes e variadas retornando à tela do computador.